terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva do Boxe rio-clarense 2013

 ano de 2013 a equipe MM Boxe alcançou uma marca importantíssima: 10 anos de atividade na cidade de Rio Claro. Desde a instalação da equipe MM Boxe em um dos galpões da antiga Fepasa, ao lado da linha do trem, foram 10 anos de trabalho e esforços que trouxeram muitos títulos para a cidade e revelaram grandes talentos. A equipe começou o calendário de competições muito cedo em 2013. Logo em janeiro, os atletas participaram de uma rodada de lutas extra realizada em Sorocaba e deram uma amostra do que estaria por vir neste ano: foram seis combates e seis vitórias dos rio-clarenses. Competiram os atletas da base Rafael Bombonatti, Gabriel ‘Bebê’ Andrioli

e Murilo ‘Garça’ Aquino. Subiram no ringue também os atletas que disputariam a Forja de Campeões algumas semanas depois: Cauê Silvano, Emerson Ferreira e Matheus Andrioli. A Forja, inclusive, foi a primeira competição oficial do ano da equipe. Desde 2007 a equipe classifica no mínimo um atleta na final, com exceção de 2009 em que nenhum atleta de Rio Claro participou. Este ano de 2013 não foi diferente. Com quatro atletas inscritos, foram conquistadas quatro medalhas, sendo um ouro, duas pratas e um bronze no campeonato mais tradicional do país. Rafael Lani, atleta da cidade de Leme, representou Rio Claro por ser aluno de Edson Golçalves, ex-atleta da MM Boxe. Lani chegou na semi-final dos 91 kg e ficou com o bronze. Cauê Silvano, dos 49 kg, venceu uma luta, mas perdeu a final para o atleta do Rio de Janeiro e foi vice-campeão. A medalha de prata também foi alcançada por Emerson Ferreira. Emerson teve uma trajetória excepcional e marcou seu nome na história do Boxe de Rio Claro. Emerson começou a treinar no final de 2011, com 21 anos de idade. Motorista de profissão, começou a treinar Boxe para fazer mais dinâmico conciliado com a musculação que já praticava. Emerson não era um ‘talento nato’, e precisou muito treinamento até ser lapidado. Durante certo tempo sofreu nos sparrings com os atletas da academia, perdendo as vezes em que chegava de olho roxo em casa, para desespero de sua namorada e de seu pai. Emerson pensou em desistir da ideia de lutar Boxe de verdade, mas a paixão pelo esporte falou mais alto e ele pediu que seu professor Leonardo o inscrevesse a Forja de Campeões. Com apenas duas lutas preparatórias, Emerson estreou na Forja frente a oponente de Jundiaí. O nervosismo não deixou que o boxeador de Rio Claro desse o seu máximo, mas a vitória veio por pontos. Entretanto, Emerson fraturara o nariz. Escalado para lutar duas semanas depois, Emerson não tinha condições para lutar, mas contou com a sorte: seu adversário não apareceu para a pesagem, o que deu a ele mais três semanas de recuperação para a próxima competição. O terceiro combate programado foi contra atleta de São Manuel. Emerson melhorou seu desempenho, fez uma bela luta e venceu por pontos. A semi-final era contra atleta de Catanduva. Foi a melhor luta de Emerson, boxeou com inteligência e conseguiu chegar à tão sonhada final. Nem ele acreditava que tinha chegado tão longe! Na decisão do ouro enfrentou Bruno Paiva, de Piracicaba, atleta com larga bagagem nas categorias de base. A experiência de Bruno fez a diferença, vencendo por pontos e deixando Emerson com a prata dos 69 kg. Duas semanas depois da final da Forja, Emerson mudou-se para Clinton, Connecticut, Estados Unidos, “tentar a vida”, mas o Boxe já deixou uma marca na sua trajetória. Matheus Andrioli, dos 75 kg, foi quem conquistou o lugar mais alto do pódio. ‘Teteus’ venceu adversários de Guarulhos, Corinthians e Jundiaí para chegar na semi-final. Na decisão da vaga para a final, Matheus provou que o nome Forja não é a toa. Enfrentando um forte pegador, um homem formado contra o “garoto” de 18 anos, Matheus fez um primeiro round tranquilo, mas foi duramente castigado no segundo assalto. No intervalo para o terceiro round, Matheus parecia não saber onde estava, sangrando pela boca, olhos roxos, respiração ofegante, pernas trêmulas. Entretanto, o “piloto automático” o levou a boxear com inteligência no assalto final, garantindo-lhe a vitória por dois pontos de diferença. Na final, Matheus enfrentou Jhonatan Santos, do Centro Olímpico, que havia ganho cinco expressivos combates. Vacinado pelo susto da luta anterior, Matheus partiu pra cima de Jhonatan de forma contundente, fez um belo combate e venceu por pontos. A vitória deu ao time a segunda colocação coletiva, superando equipes que inscreveram dezenas de atletas, mas com baixa qualidade.
Enquanto os atletas da cidade disputavam a Forja, Jhonatan Conceição, que desde 2012 mora em São Paulo na seleção brasileira e que representa o Palmieras, defendia o país em competições internacionais. Em fevereiro Jhonatan participou na Copa Independência, na República Dominicana. Na sua primeira competição do ano, ‘Tico’ enfrentou logo de cara o norte-americano Erickson Lubin, que o venceu por pontos. Lubin foi o destaque do campeonato, vencendo inclusive o cubano vice-campeão mundial Yasniel Toledo. Menos de um mês depois, em março, Jhonatan partiu para Halle, Alemanha, onde disputou a tradicional Chemistry Cup, ou Copa Química. O rio-clarense conquistou o bronze na fortíssima competição ao bater o representante da República Tcheca mas ser derrotado pelo lutador da casa, Alemanha, nas semi-finais. É importante citar que em 2013 houve uma mudança significativa nas regras do Boxe na metade do ano. Até Julho, utilizava-se o capacete protetor e permitia-se a participação de atletas com idade entre 17 e 34 anos. A partir do segundo semestre, a idade dos boxeadores da classe elite deveriam de 19 até 40 anos, e as lutas masculinas aconteceriam sem o capacete protetor. Jhonatan, então com 17 anos, pôde disputar na classe elite e teve bons resultados, mas a partir do meio do ano ficou reservado a disputar apenas os campeonatos Juvenis (17 e 18 anos). O mesmo aconteceu com Jucielen Cerqueira, também de 17 anos, que em maio disputou o paulista elite, onde ficou com a prata ao perder na final para a atleta olímpica (Londres 2012) Erica Matos. Com a nova regra em vigor a partir da metade do ano, Juci não pôde disputar mais nenhum campeonato oficial, já que infelizmente no Brasil não acontecem torneios juvenis femininos. Entretanto, a boxeadora manteve-se em atividade disputando lutas extras e intercâmbios de sparings ao longo do ano, o que lhe impediu de estagnar seu rendimento. Entre maio e junho, Jhonatan passou 27 dias em Porto Rico, onde disputou duas competições e realizou treinamentos. No torneio Cheo Aponte, Tico conquistou a medalha de ouro após vencer o representante local e na final bater lutador da Guatemala, Lester Martínez. Martínez era o amplo favorito, uma vez que conquistou no ano anterior a inédita medalha de prata no Campeonato Mundial Juvenil.


Entretanto, o brasileiro mostrou seu potencial e provou que não está abaixo dos melhores atletas do planeta. Uma semana depois, ainda em solo porto-riquenho, Jhonatan disputou a Copa Olímpica. Após vencer novamente atleta de Porto Rico, Jhonatan enfrentou Lester Martinez em uma revanche. Em um combate muito equilibrado, desta vez foi o guatemalteco quem levou a melhor, deixando Jhonatan com a prata. Em junho e julho, a equipe de Rio Claro participou de competições no Palmeiras e em Jaú, sempre com atletas das categorias de base. Os atletas que lutaram nestas competições e aumentaram o numero de combates em seus carteis foram Gabriel Andrioli, Kaíque Sucuri, Rafael Bombonatti, Matheus Andrioli, Jucielen Cerqueira e Augusto Cafu Pires. Augusto Pires, o Cafu, chegou em Rio Claro em abril. Natural do Rio Grande do Sul, Cafu foi enviado a Rio Claro pelo seu técnico Anildo Pereira, da cidade de Osório. Órfão de pai e de mãe, Cafu foi criado pela tia, que faleceu no começo do ano, e por isso seu técnico solicitou aos técnicos de Rio Claro que Cafu passasse um tempo na cidade. Ao chegar na equipe MM Boxe, Cafu se sentiu em casa e não quis mais ir embora. Boxeador juvenil
, Cafu permaneceu conosco durante todo o ano de 2013 e não há previsão para que vá embora da cidade. Em julho, ocorreu o campeonato Brasileiro Juvenil em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Apenas dois atletas de Rio Claro se enquadravam na faixa etária dos 17 e 18 anos, Cafu e Jonathan, enquanto Breno Macedo viajou como técnico da equipe de São Paulo. Cafu foi eliminado na primeira luta e ficou sem medalha, enquanto Jhonatan derrotou quatro oponentes e sagrou-se campeão nacional pelo quarto ano consecutivo, sendo duas vezes como cadete e duas como juvenil. Com o objetivo de movimentar o Boxe da região, em agosto aconteceu um ‘tope’ de academias envolvendo a equipe de Rio Claro e a de Ibaté. Realizado na própria academia MM Boxe, no pequeno evento aconteceram 12 combates, todos eles de categoria de base. Alguns atletas fizeram sua primeira luta na programação, tais como os infantis Marcelo Bagatti, Icaro Martins, Airton Esquerdo, Pedro Mikey e Victor Japonês Martins. Entre agosto e setembro, os atletas cadetes (15 e 16 anos) de Rio Claro disputaram a seletiva paulista para definir quem representaria o Estado de São Paulo no campeonato Brasileiro, que aconteceria em outubro na cidade de Aracaju. Três boxeadores da cidade venceram dois oponentes cada para se qualificar como os melhores cadetes do estado em suas categorias. Kaíque Sucuri Barros (60 kg) venceu atletas de Sorocaba e do Centro Olímpico, Gabriel Bebê Andrioli (66 kg) superou adversários do Centro Olímpico e de Mogi das Cruzes, e Daniel Gaguinho Ciambroni venceu oponentes de Sorocaba e do Centro Olímpico. Sucuri e Gaguinho carimbaram seu passaporte para o Brasileiro, mas Bebê não pôde ser inscrito por ter 14 anos e não ter a idade mínima. Em setembro, Cauê conquistou a prata no campeonato Estímulo Kid Jofre, da Federação Paulista, pela categoria dos 49 kg. Também em setembro, a equipe MM Boxe participou pelo 5º consecutivo da Virada Esportiva de São Paulo, onde foram realizados 47 combates de boxe no centro da cidade. Breno Macedo foi um dos responsáveis pelo fechamento do grande numero de lutas, juntamente com o professor Messias Gomes. A equipe de Rio Claro participou de oito combates e venceu sete, e com apenas uma derrota foi declarada campeã do torneio, dividindo o troféu com a equipe do Centro Olímpico. Lutaram Gabriel Bebê, Kaíque Sucuri, Murilo Garça Aquino, Victor Japones Martins, Icaro Martins, Yuri Previatti, Augusto Cafu. Atleta do Palmeiras, Vinícius Barros também representou Rio Claro nesta competição. Yuri Previatti, que assim como Jhonatan defende as cores do Palmeiras, deixou a cidade de Rio Claro no início de 2012 e completou seu segundo ano morando e treinando na capital do estado. Em seu primeiro ano competindo exclusivamente na classe elite, Yuri sagrou-se vice-campeão paulista duas vezes na temporada, além de ter sido o representante de São Paulo no campeonato Brasileiro elite, onde venceu uma luta mas foi superado nas quartas-de-final. No final de setembro, no dia 28, foi realizado o 5º Torneio de Boxe de Rio Claro, desta vez em comemoração dos 10 anos da equipe MM Boxe em Rio Claro. Realizado no mini-ginásio Municipal, o evento contou com 9 combates de Boxe olímpico e 3 lutas de Boxe profissional. Participaram equipes de Sorocaba, Piracicaba, do Palmeiras e de Ibaté. O ginásio ficou cheio para assistir os atletas da cidade competirem, que foram Lucas Duvalier, Marcelo Bagatti, Rafael Bombonatti, Victor Martins, Jucielen, Matheus Andrioli e Jhonatan. Em outubro, ocorreu o campeonato brasileiro cadete e elite, em Aracaju, Sergipe. Kaíque Sucuri barros e Daniel Gaguinho Ciambroni representaram o estado de São Paulo entre os cadetes e Yuri Previatti disputou na classe adulta. Os irmãos Breno e Leonardo Macedo foram comandando o time de São Paulo. Como já foi dito, Yuri venceu uma luta mas perdeu nas quartas-de-final da categoria até 56 kg, ficando sem medalha. Kaíque Sucuri também não subiu ao pódio ao ser eliminado na luta de estreia pelo atleta do Espírito Santo. Daniel Gaguinho foi quem manteve a tradição de Rio Claro de sempre conquistar medalhas nos brasileiros que disputa, e ficou com o sonhado ouro da categoria até 70 kg. Gaguinho venceu atletas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro para se tornar campeão do seu primeiro campeonato brasileiro. Em novembro, a equipe disputou o Grand Prix Lisoboxe de categorias de base, realizado em Itu. Em duas rodadas foram onze lutas envolvendo atletas de Rio Claro com dez vitórias e apenas uma derrota. O excelente aproveitamento rendeu ao time o título de vice-campeão coletivo. Ainda em novembro, atletas de Rio Claro lutaram no Festival Pretorian-Palmeiras, que foi realizado em duas rodadas no centro de Treinamento de Boxe do Palmeiras. Na segunda rodada, Gabriel Andrioli foi premiado como o lutador mais técnico da noite, enquanto Rafael Bombonatti venceu seu oponente de Jundiaí por nocaute, mostrando estar embalado para o paulista infantil que estava por vir. Em dezembro a equipe infantil disputou o aguardado campeonato Paulista, realizado pela Federação Paulista de Boxe em Guarulhos. Com sete atletas, quatro medalhas de ouro foram conquistadas, duas de prata e uma de bronze. Os campeões foram Marcelo Bagatti (50 kg), Rafael Bombonatti (60 kg), Victor Japones (63 kg) e Gabriel Bebê (66 kg). Airton Esquerdo (54 kg) e Icaro Martins (57 kg) ficaram com a prata, enquanto Pedro Mikey trouxe o bronze pra casa. Para encerrar o ano, a equipe MM Boxe participou da Copa Omega, em São Paulo, onde ficou invicta em seis bons combates, todos eles de categorias de base. Coincidência ou não, a equipe MM boxe encerrou o ano da mesma forma que começou em janeiro: vencendo seis lutas em um mesmo evento. O ano de 2013 foi recheado de vitórias, houve um ressurgimento de atletas da categoria infantil, classe que sempre revelou os maiores atletas de Rio Claro. Mais uma vez a equipe da cidade firmou-se como potência no Boxe, principalmente nas categorias de base, conquistando vitórias importantes e com atletas de ótimo nível. O ponto triste de 2013 ficou por conta da lesão da atleta juvenil Whendy Pereira, que machucou o joelho em maio, às vésperas da sua primeira competição do ano. Por falta de estrutura, o problema no joelho da Whendy ainda não foi resolvido (em final de dezembro), mas está em processo de ser solucionado e esperamos que em 2014 ela retorne mais forte do que já era. O décimo ano de atividade da equipe MM Boxe mostrou que o nível da equipe cresce de acordo o grau de exigência das competições. E com muito comprometimento, seriedade e, principalmente, amor pelo que fazemos, temos fôlego pra muitas outras décadas de trabalho com o Boxe. Obrigado a todos que de uma forma ou de outra colaboram para a continuidade do o nosso trabalho. Vocês fazem parte da família MM Boxe! Nossos sinceros agradecimentos. Equipe MM Boxe 31 d janeiro de 2013

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