sábado, 30 de maio de 2020

Rotary Club da Tijuca Informa sua nova composição de Diretores

Nova composição do Conselho Diretor Rotary Club da Tijuca 2020/2021: Clube Seleto de Pessoas influentes da Sociedade
Distrito 4571- RC Tijuca- Rio de Janeiro
Presidente: Gustavo Cretton
Vice-Presidente: Marcelo Deodoro
Secretário(a): a ser definido pelo Conselho de ex-presidentes
Secretário Executivo: Carlos Pedras
Tesoureiro: Ricardo Soichet
Diretora de Protocolo: Eliana Arruda
Comissões:
DQA: Alexandre Melilo
Projetos Humanitarios: Sérgio Carvalho
Fundação Rotária: Camila Conceição
Imagem Pública: Joper Padrão
Pró-juventude: Alexandre Azevedo
Último Presidente: Bemvindo Dias

segunda-feira, 25 de maio de 2020

COMO ESTA A PROMESSA DO GOVERNADOR A ROBSON CONCEIÇAO

Estamos em 2020, e que foi prometidos ao nosso campeão olímpico e toda comunidade pugilista!não sai do papel.  Qual será dificuldade de construir um ginásio ?,E porque boxe profissional morreu no estado ?.
VAMOS ESTÁ DE OLHO NESTAS PROMESSAS !!!.

Aiba prepara guerra contra o COI. Quem tem a ganhar com isso?Fonte blog lance

Segue um enorme mistério o destino do boxe para a Olimpíada de Tóquio-2020. A modalidade segue aguardando uma definição do COI (Comitê Olímpico Internacional) a respeito de qual entidade organizará o próximo torneio olímpico.

O afastamento do antigo presidente da Aiba (Associação Internacional de Boxe), o uzbeque Gafur Rakhimov, não deu ao COI a certeza de que as coisas estão em
Uma decisão final será tomada pelo Comitê Olímpico Internacional no dia 22 de maio. O Conselho Executivo irá se reunir em Lausanne (SUI) para analisar o relatório do grupo que analisa o caso Aiba. E de acordo com o site “Inside the Game”, existe uma chance considerável para que o COI não reconheça a entidade com autoridade para organizar o torneio olímpico em 2020.

Se isso ocorrer, ainda de acordo com o Inside the Game, a Aiba poderá até processar o COI. Uma carta do presidente interino, o egípcio Mohamed Moutahsane, fala em pedir uma votação para abrir uma queixa no Conselho de Ética do COI contra alguns membros da entidade. O próprio Moutahsane, porém, teria enviado um e-mail pedindo para que os dirigentes “desconsiderassem o conteúdo da carta”.

Não há certeza de que ele terá seu pedido atendido. Nem de que era isso o que ele de fato queria.

Tudo o que o boxe olímpico não precisava neste momento era de uma crise política desta natureza.

Por causa de inúmeros problemas de gestão, a Aiba já vinha enfrentando críticas severas e sanções financeiras do COI. Na Olimpíada Rio-2016, ocorreram denúncias de manipulação de resultados de lutas por parte de árbitros e jurados.

Nada foi pior, contudo, do que a eleição de Gafur Rakhimov para o comando do boxe olímpico mundial. O uzbeque é investigado pelo Departamento de Tesouro dos Estados Unidos. Há um relatório apontando o cartola como líder de uma organização criminosa chamada “Os Ladrões”, no continente asiático. O grupo teria envolvimento  com extorsão, lavagem de dinheiro, roubo e suborno.

domingo, 24 de maio de 2020

OS PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO

Introdução
    Este trabalho teve o objetivo de abordar os Princípios do Treinamento Esportivo, seus conceitos e definições, e possíveis aplicações sob novas perspectivas. A pesquisa foi realizada através de uma revisão de literatura e análise de conteúdo. Sobre o modelo de estudo, a pesquisa pode ser tipificada como uma pesquisa descritiva, qualitativa, sendo a análise de conteúdo seu o procedimento e característica principal, pautada na revisão de literatura sobre os Princípios do Treinamento Esportivo. A pesquisa assume a característica de uma pesquisa indireta, documental, através do método bibliográfico (MATTOS, 2004).
    Como pressuposto teórico na pesquisa os principais autores utilizados foram Manoel Tubino, Estélio Dantas e Marcelo Gomes da Costa, e a própria revisão de literatura foi definida como a delimitação do estudo.
Os princípios do treinamento esportivo: conceitos, definições, possíveis aplicações e novos olhares
    Para Tubino os cinco princípios do Treinamento Esportivo são: O Princípio da Individualidade Biológica, O Princípio da Adaptação, O Princípio da Sobrecarga, O Princípio da Continuidade, O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade (TUBINO, 1984). Segundo Tubino: “Antes de passar ao estudo de cada princípio, é importante enfatizar que os 5 princípios se interrelacionam em todas as suas aplicações.” (ibidem, 1984, p. 99).
    Estélio Dantas atualizando o elenco dos cinco princípios preconizados por Tubino, incluiu mais um: O Princípio da Especificidade (DANTAS, 1995), que veremos após a abordagem dos cinco primeiros. Após estes seis primeiros princípios veremos mais dois princípios levantados por Marcelo Gomes da Costa: O Princípio da Variabilidade e O Princípio da Saúde, totalizando oito princípios. Ao final trataremos da inter-relação entre os Princípios.
1. O Princípio da Individualidade Biológica
    De acordo com Tubino, “chama-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as características e necessidades do indivíduo. Grupos homogêneos também facilitam o treinamento desportivo. Cabe ao treinador verificar as potencialidades, necessidades e fraquezas de seu atleta para o treinamento ter um real desenvolvimento. Há vários meios para isso, além da experiência do treinador, que conta muito, os testes específicos são primordiais.
    Segundo Benda & Greco, uma das Capacidades do Rendimento Esportivo é a Capacidade Biotipológica, que está dividida em Capacidade constitucional Fenótipo e Capacidade constitucional Genótipo:

    “O genótipo é o responsável pelo potencial do atleta. Isso inclui fatores como composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível e percentual de fibras musculares dos diferentes tipos, dentre outros. O fenótipo é responsável pelo potencial ou pela evolução das capacidades envolvidas no genótipo. Neste se inclui tanto o desenvolvimento da capacidade de adaptação ao esforço e das habilidades esportivas como também a extensão da capacidade de aprendizagem do indivíduo.” (BENDA & GRECO, 2001, p. 34).
    Segundo Dantas: “O indivíduo deverá ser sempre considerado como a junção do genótipo e do fenótipo, dando origem ao somatório das especificidades que o caracterizarão.” (DANTAS, 1995, p. 39), “deve-se entender o genótipo como a carga genética transmitida à pessoa e que determinará preponderantemente diversos fatores” (ibidem, 1995, p. 39) e, “os potenciais são determinados geneticamente, e que as capacidades ou habilidades expressas são decorrentes do fenótipo.” (ibidem, 1995, p. 39). Para este autor, o campeão seria aquele que nasceu com um “dom da natureza” e que, aproveitando totalmente esse dom, o desenvolve através de um perfeito treinamento (ibidem, 1995, p. 40).
    Nos Jogos PanAmericanos de 2007 verificamos em entrevistas de atletas brasileiros considerados fenômenos pela mídia, um discurso que os bons resultados obtidos não eram frutos somente de um Dom, e sim de muito esforço, trabalho, treinamento, incentivos financeiros e técnicos.
    Elevando a importância dos fatores ambientais, do fenótipo do atleta, conseqüentemente, elevamos a importância do treinador, do profissional de Educação Física e sua intervenção para o sucesso do atleta, de um campeão.
    Não cabe aqui discutir fatos históricos ligados às tentativas de manipulações das características genéticas, do genótipo de atletas, através, principalmente, dos ideais da Eugenia no decorrer do século XX. Mas sempre irá caber em qualquer lugar o alerta em relação às tentativas de manipulação e violação do corpo, da integridade e dos direitos de todo o homem.
2. O Princípio da Adaptação
    Podemos dizer que a adaptação é um dos princípios da natureza. Não fosse a capacidade de adaptação, que se mostra de diferentes modos e intensidades, várias espécies de vida não teriam sobrevivido ou conseguido sobreviver por longos tempos e em diferentes ambientes. O próprio homem conseguiu prevalecer no planeta, como espécie, devido à sua capacidade de adaptação.
    De acordo com Weineck, a adaptação é a lei mais universal e importante da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em quase todos os sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas (WEINECK, 1991):

    “Na biologia, compreende-se “adaptação” fundamentalmente como uma reorganização orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas e externas; adaptação é a reflexão orgânica, adoção interna de exigências. Ela ocorre regularmente e está dirigida à melhor realização das sobrecargas que induz. Ela representa a condição interna de uma capacidade melhorada de funcionamento e é existente em todos os níveis hierárquicos do corpo. Adaptação e capacidade de adaptação pertencem à evolução e são uma característica importante da vida. Adaptações são reversíveis e precisam constantemente ser revalidadas (Israel 1983, 141).” (ibidem, 1991, p. 22).
    Weineck diz que, no esporte, devido aos múltiplos fatores de influência, raramente o genótipo é completamente transformado em fenótipo, mesmo com o treinamento mais duro. Para este autor, fases de maior adaptabilidade, encontram-se em diferentes períodos para os fatores de desempenho de coordenação e condicionados, são designadas “fases sensitivas”. A zona limite destas fases sensitivas, isto é, o período em que justamente ainda é possível uma melhor expressão das características, geralmente é chamada de “período crítico” (ibidem, 1991).

    ““Capacidade de adaptação” ou “adaptabilidade” é o nome que se dá à diferente assimilação dos estímulos, frente à mesma qualidade e quantidade de exercícios ou carga de treinamento. Ela pode ser atribuída à correlação organismo/ambiente, sob o ponto de vista da predisposição hereditária e sua expressão (genética) (Gürtler 1982, 35).” (ibidem, 1991, p. 23).
    Para Tubino, este princípio do Treinamento Esportivo está intimamente ligado ao fenômeno do stress. As investigações sobre o stress tiveram início em 1920 com Cânon e Hussay, tendo uma grande ênfase no período entre 1950 e 1970, onde praticamente surgiu uma literatura científica básica sobre este fenômeno (TUBINO, 1984). Segundo Tubino:

    “Definindo-se Homeostase, de acordo com CANNON, como o equilíbrio estável do organismo humano em relação ao meio ambiente, e sabendo-se que esta estabilidade modifica-se por qualquer alteração ambiental, isto é, para cada estímulo há uma resposta, e, ainda, entendendo-se por estímulos o calor, os exercícios físicos, as emoções, as infecções, etc., conclui-se, com base num grande número de experiências e observações de diversos autores, que em relação ao organismo humano:
  1. estímulos débeis => não acarretam conseqüências;
  2. estímulos médios => apenas excitam;
  3. estímulos médios para fortes => provocam adaptações;
  4. estímulos muito fortes => causam danos.” (ibidem, 1984, p. 101).
    Segundo Dantas, o conceito de Homeostase, que é necessário para compreender este princípio, é: “Homeostase é o estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o existente entre este e o meio ambiente.” (DANTAS, 1995, p. 40). Para este autor, a homeostase pode ser rompida por fatores internos, geralmente oriundos do córtex cerebral, ou externos, como: calor, frio, situações inusitadas, provocando emoções e, variação da pressão, esforço físico, traumatismo, etc. Dantas diz que, sempre que a homeostase é perturbada, o organismo dispara um mecanismo compensatório que procura restabelecer o equilíbrio, quer dizer, todo estímulo provoca reação no organismo acarretando uma resposta adequada (ibidem, 1995). Neste sentido, o organismo, buscando o equilíbrio constante, estaria sempre em um estado constante de equilibração.
    Tubino pensa que, quando o organismo é estimulado, imediatamente aparecem mecanismos de compensação para responder a um aumento de necessidades fisiológicas. Assim, constata-se que existe uma relação entre a adaptação de estímulos de treinamento e o fenômeno de stress, o que é explicado pelo princípio científico da adaptação. A definição dada ao stress por Tubino é a seguinte:

    “Stress ou Síndrome de Adaptação Geral (SAG), segundo SELYE (1956) é a reação do organismo aos estímulos que provocam adaptações ou danos ao mesmo, sendo que esses estímulos são denominados agentes stressores ou stressantes.” (TUBINO, 1984, p. 102).
    A síndrome de adaptação geral (SAG) é dividida em três fases, até que o agente stressante na sua ação atinja o limite da capacidade fisiológica de compensação do organismo: 1ª Fase: Reação de alarme; 2ª Fase: Fase da resistência (adaptação) e; 3ª Fase: Fase da exaustão (ibidem, 1984).
    Para este autor, na fase de reação de alarme, os mecanismos auxiliares são mobilizados para manter ávida, a fim de que a reação não se dissemine. É caracterizada pelo desconforto, e está dividida em duas partes choque e contrachoque:

    “sendo o choque a resposta inicial do organismo a estímulos aos quais não está adaptado, provocando a diminuição da pressão sanguínea, enquanto o contrachoque ocasiona uma inversão de situação, isto é, ocorre um aumento da pressão sanguínea.” (ibidem, 1984, p. 102).
    A fase da resistência é a fase da adaptação, a qual é obtida pelo desenvolvimento adequado dos canais específicos de defesa, sendo esta etapa caracterizada pela dor e pela ação do organismo resistindo ao agente stressante inicial, sendo a fase que realmente mais interessa ao treinamento desportivo.
    A fase da exaustão é aquela em que as reações se disseminam, em conseqüência da saturação dos canais apropriados de defesa, apresentando como característica a presença do colapso, podendo chegar até a morte (ibidem, 1984).
    Tubino ainda menciona que, “EÜLER observou 3 tipos de stress, de acordo com a origem dos estímulos stressantes” (ibidem, 1984, p. 103), são eles: o stress físico, o stressbioquímico e, o stress mental.
    De acordo com Tubino, é importante a utilização correta do princípio de adaptação, onde se deve haver cuidado na aplicação das cargas de treinamento, agentes stressantes.
    Mas não só de modo pragmático devemos enxergar o Princípio da Adaptação. Acredito que em termos de treinamento, o critério adaptação pode ser estendido a vários outros fatores além do treinamento fisiológico propriamente dito. Um bom exemplo são as capacidades de adaptações emocionais, ambientais, entre outras, além da comum capacidade do treinador ou professor se adaptar, às vezes com um “jeitinho brasileiro”, às péssimas condições de trabalho ou dificuldades encontradas em condições sociais desfavorecidas. O treinador ou professor deve ter em mente que é preciso se adaptar à atitude de adaptação, uma atitude consciente e crítica, pois, com a velocidade da dinâmica das mudanças hodiernas e a possível e quase certa aceleração que deve vir adiante em tempos futuros, a capacidade de adaptação será cada vez mais necessária e requisitada.
3. O Princípio da Sobrecarga
    De acordo com Dantas: “Imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase” (DANTAS, 1995, p. 43).

    “O aproveitamento do fenômeno da assimilação compensatória ou supercompensação, que permite a aplicação progressiva do princípio da sobrecarga, pode, ainda, ser severamente comprometido por uma incorreta disposição do tempo de aplicação das cargas.
    O equilíbrio entre carga aplicada e tempo de recuperação é que garantirá a existência da supercompensação de forma permanente.” (ibidem, 1995, p. 44).
    Segundo Tubino, o momento exato em que se produz à adaptação aos agentes stressantes (estímulos), é, sem dúvida, um dos pontos mais discutíveis do Treinamento Esportivo. Existem pontos de vista que estabelecem a adaptação durante intervalos intermediários dos treinos, enquanto que outras pesquisas defendem a tese da adaptação após o último intervalo da sessão de treino (TUBINO, 1984). Tubino comenta que:

    “Segundo HEGEDUS (1969), os diferentes estímulos produzem diversos desgastes, que são repostos após o término do trabalho, e nisso podemos reconhecer a primeira reação de adaptação, pois o organismo é capaz de restituir sozinho as energias perdidas pelos diversos desgastes, e ainda preparar-se para uma carga de trabalho mais forte, chamando-se este fenômeno de assimilação compensatória. Assim, sabe-se que não só são reconduzidas as energias perdidas como também são criadas maiores reservas de energia de trabalho. A primeira fase, isto é, a que recompões as energias perdidas, chama-se período de restauração, o qual permite a chegada a um mesmo nível de energia anterior ao estímulo. A segunda fase é chamada de período de restauração ampliada, após o qual o organismo possuirá uma maior fonte de energia para novos estímulos” (ibidem, 1984, p. 105 e 106).
    Para Tubino, estímulos mais fortes devem sempre ser aplicados por ocasião do final da assimilação compensatória, justamente na maior amplitude do período de restauração ampliada para que seja elevado o limite de adaptação do atleta. Este é o princípio da sobrecarga, também chamado princípio da progressão gradual, e será sempre fundamental para qualquer processo de evolução desportiva.
    Tubino (1984) cita algumas indicações de aplicação do Princípio da Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade (Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico.
    O quê o professor ou o treinador deve ter é o bom senso ao definir a sobrecarga que vai trabalhar com o seu aluno ou atleta, observando todos os outros Princípios do Treinamento Esportivo, sempre respeitando as necessidades e anseios do atleta e, principalmente, os limites éticos do treinamento.
4. O Princípio da Continuidade
    Este princípio está intimamente ligado ao da adaptação, pois a continuidade ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente, se adaptar.
    Compartilho com Tubino, a idéia de que a condição atlética só pode ser conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em andamento. Para Tubino (1984), estas duas premissas explicam o chamado Princípio da Continuidade.

    “Pode-se acrescentar que este princípio compreenderá sempre no treinamento em curso uma sistematização de trabalho que não permita uma quebra de continuidade, isto é, que o mesmo apresente uma intervenção compacta de todas as variáveis interatuantes. Em outras palavras, considerando um tempo maior, o princípio da continuidade é aquela diretriz que não permite interrupções durante esse período.” (ibidem, 1984, p. 110).
    A continuidade de treinamento evita que o treinador subtraia etapas importantes na formação atlética de um esportista. Em geral um atleta que tem um alto desempenho, com certeza teve uma continuidade ao longo de sua preparação, treinamento e também do aprendizado do esporte praticado. A continuidade é importante inclusive no treinamento amador e no lazer, e não somente no aspecto fisiológico, mas também, como por exemplo, no aspecto psicológico e entre outros aspectos cujos fatores podem interferir na prática esportiva.
5. O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade
    Este princípio está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance. Este aumento ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade.
    Para Tubino (1984), pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto rendimento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas as fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si. Ainda segundo Tubino: “Na maioria das vezes, o aumento dos estímulos de uma dessas duas variáveis é acompanhado da diminuição da abordagem em treinamento da outra” (ibidem, 1984, 110).
    Nem sempre as variáveis volume e intensidade estão claramente explícitas ao treinador para que este possa definir um treinamento ou ação baseado na relação entre estas. Portanto, utilizando o bom senso, na dúvida nunca se deve arriscar ou colocar o atleta ou praticante em risco. Um bom treinador consegue enxergar com maior clareza a relação de interdependência entre volume e intensidade de um treinamento ou ação de atividade.
6. O Princípio da Especificidade
    De acordo com Dantas (1995), a partir do conceito de treinamento total, quando todo o trabalho de preparação passou a ser feito de forma sistêmica, integrada e voltada para objetivos claramente enunciados, a orientação do treinamento por meio de métodos de trabalho veio, paulatinamente, perdendo a razão de ser. Hoje em dia, nos grandes centros desportivos, esta forma de orientação do treinamento foi totalmente abandonada em proveito da designação da forma de trabalho pela qualidade física que se pretende atingir. Associando-se este conceito à preocupação em adequar o treinamento do segmento corporal ao do sistema energético e ao gesto esportivo, utilizados na performance, ter-se-á o surgimento de um sexto princípio esportivo: o princípio da especificidade, que vem se somar aos já existentes. Podemos dizer que este princípio sempre esteve intrínseco em todo o treinamento esportivo, desde o mais rústico nas práticas utilitárias, mas tê-lo como princípio norteador e como um dos parâmetros que devem ser levados em consideração é essencial ao estudo e planejamento crítico e consciente nos treinamentos contemporâneos.

    “O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performancedesportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizados” (ibidem, 1995, p. 50).
    Segundo Dantas, ao se estudar o princípio da especificidade, de imediato sobressai um fator determinante, que é o princípio da individualidade biológica, estabelecendo limites individuais a esta capacidade de transferência. O princípio da especificidade irá se refletir em duas amplas categorias de fundamentos fisiológicos: os aspectos metabólicos e os aspectos neuromusculares. Para Dantas, “O princípio da especificidade preconiza, ... que se deve, além de treinar o sistema energético e o cárdio-respiratório dentro dos parâmetros da prova que se irá realizar, fazê-lo com o mesmo tipo de atividade de performance.”(ibidem, 1995, p. 50):

    “Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o treino, principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente específico, e que a realização de atividades diferentes das executadas durante a performance com a finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar a inibição reativa (ou saturação de aprendizagem).” (ibidem, 1995, p. 50).
    De acordo com Dantas (1995), o segundo componente dos aspectos neuromusculares é controlado, principalmente pelo sistema nervoso central ao nível de cérebro, bulbo e medula espinhal e pressupõe que todos os gestos esportivos, realizados durante a performance, já estejam perfeitamente “aprendidos” de forma a permitir que, durante a performance, não se tenha que criar coordenações neuromusculares novas, mas tão somente “lembrar-se” de um movimento já assimilado e executá-lo. A psicologia da aprendizagem ensina que o conhecimento, ou movimento, uma vez aprendido fica armazenado no neocórtex sob forma de engrama, que consiste num determinado padrão de ligação entre os neurônios. O engrama, que é sempre utilizado, fica cada vez mais “nítido” e “forte” ao passo que aquele que não é utilizado se enfraquece e pode até se extinguir. Se um gesto esportivo for repetido com constância, seu engrama ficará tão forte a ponto de permitir a execução do gesto de forma reflexa, através de uma rápida comparação, pelo bulbo, entre as reações neuromusculares e o engrama. Este aspecto está ligado a mielinização das fibras nervosas e à velocidade de condução dos impulsos, e à caracterização dos tipos de movimentos.
    Finalizando, Dantas (1995) nos diz que, o aprimoramento da habilidade técnica e a execução de todos os movimentos possíveis durante o treinamento, visando a aquisição e reforço dos engramas requeridos pelo esporte considerado, tomarão tanto mais tempo quanto mais complexo ele for em termos neuromotores.
    Então, se a especificidade do movimento, e conseqüentemente da modalidade esportiva, está atrelada à memória do gesto motor, de seu treinamento, podemos dizer que o Princípio da Especificidade está ligado diretamente aos gestos específicos de uma determinada modalidade e o treinamento utilizado para o aprendizado e o desenvolvimentos destes respectivos gestos específicos.
7. O Princípio da Variabilidade
    Também denominado de Princípio da Generalidade, encontra-se fundamentado na idéia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo. Para isso deve-se utilizar das mais variadas formas de treinamento (GOMES da COSTA, 1996). Segundo Marcelo Gomes da Costa:

    “Quanto maior for a diversificação desses estímulos – é obvio que estes devem estar em conformidade com todos os conceitos de segurança e eficiência que regem a atividade – maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor performance.” (ibidem, 1996, p. 357).
    A atenção a este princípio diminui a possibilidade do aparecimento de um Plateu no treinamento, ou mesmo o aparecimento de fatores desestimulantes, agindo de forma contrária, atuando na motivação e o mais importante, na possibilidade de possibilitar o surgimento de novas técnicas de treinamento, de estratégia, táticas, entre outras, inclusive de novos gestos específicos, que sob um determinado ponto de visão, sob um treinamento não variável, não seria possível ser identificado ou ter aparecido. Um dos alicerces deste princípio é a criatividade, tanto do atleta, quanto do treinador.
8. O Princípio da Saúde
    Segundo Gomes da Costa (1996), esse princípio encontra-se diretamente ligado ao próprio objetivo maior de uma atividade física utilitária que vise à saúde do indivíduo:

    “Assim, não só a Ginástica Localizada em si e suas atividades complementares possuem grande importância. Também os setores de apoio da Academia, como o Departamento Médico, a Avaliação Funcional e o Departamento Nutricional assumem relevante função no sentido de orientar todo o trabalho, visando a aquisição e a manutenção dessa Saúde.” (ibidem, 1996, p. 358).
    Baseado na citação acima posso colocar que este princípio está fundamentado na interdisciplinaridade. No entanto, nem sempre o Princípio da Saúde tem sido o principal norteador, ou mesmo um dos princípios norteadores. Em práticas de atividades físicas hodiernas, verificamos não somente aquelas ligadas à aquisição e manutenção da saúde do praticante, mas também aquelas de alta performance, que podem trazer malefícios devido ao compromisso com o alto rendimento e resultados, e ainda, as atividades que não têm compromisso algum com o aspecto saúde. Atualmente pessoas colocam a vida em risco em esportes extremamente radicais, quando tentam ultrapassar os limites físicos. Portanto, cabe perguntar: os treinamentos destas atividades estariam sob o Princípio da Saúde? De certo modo, em relação ao preparo para a execução da atividade sim, pois, é necessário um certo nível de condicionamento e saúde para tais práticas, e também, pelo fato dos praticantes estarem fazendo algo que gostam, que é importante para a vida delas e lhes dá prazer.
    A correlação entre este princípio e outras perspectivas do esporte é um ponto interessante para ampliar os estudos.
9. A inter-relação dos Princípios
    De acordo com Gomes da Costa (1996), se faz lógico e transparente que essas leis não existem apenas por existir. Cada princípio, considerado individualmente, possui seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre esses princípios adquire inestimável importância. “Aqui acontece aquela “historinha” de que o todo é sempre maior do que a soma de suas partes.” (ibidem, 1996, p. 358). Assim cada Princípio assume uma importância maior, um papel mais destacado quando associado aos outros princípios, segundo este autor, que ainda comenta:

    “Apesar dessa importante correlação, os Princípios da Adaptação, da Sobrecarga, da Continuidade e da Interdependência Volume-Intensidade é que vão não só dar corpo como orientar toda a aplicação prática do treinamento, ou seja, são os verdadeiros responsáveis pela “arrumação” de todo o processo de treinamento, traduzida na forma dos micro, meso e macro-ciclos de trabalho.” (ibidem, 1996, p. 358).
    Podemos certamente concluir que somente com o conhecimento de todos os princípios é possível realizar um treinamento ideal e eficaz. Provavelmente a excelência em treinamento deve estar acompanhada do profundo saber de todos os princípios aqui comentados, além de mais outros tantos tópicos do treinamento esportivo. Mas o saber profundo destes princípios e dos mais outros tantos conhecimentos não é o único fator determinante para a excelência em treinamento. A excelência só será atingida se houver a inter-relação perfeita entre todos estes saberes e respectivas aplicações, e uma constante reformulação desta inter-relação, pois, este conceito de reformulação está embutido nos próprios princípios.
Resultados e conclusão

    Verificamos que existem oitos Princípios de Treinamento Esportivo, quando utilizado o pressuposto teórico inicial de Manoel Tubino para o Treinamento Esportivo. Estélio Dantas adicionou mais um princípio e Marcelo Gomes da Costa mais outros dois, aos cinco primeiros princípios propostos por Tubino. Foi constatada a inter-relação entre todos os princípios e a importância destes para o Treinamento Esportivo. Talvez com uma maior compreensão destes princípios, incluindo aspectos ainda pouco explorados, como o emocional, ambiental, social, cultural, entre outros, possam contribuir para um olhar plural, além do pragmatismo de um programa focado somente no aspecto fisiológico do treinamento. Observamos que os professores ou treinadores devem se apoiar no bom senso para efetivar qualquer treinamento e ampliar a discussão sobre os conceitos e utilizações dos princípios que norteiam os treinamentos em diferentes modalidades.

OS PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO

Introdução
    Este trabalho teve o objetivo de abordar os Princípios do Treinamento Esportivo, seus conceitos e definições, e possíveis aplicações sob novas perspectivas. A pesquisa foi realizada através de uma revisão de literatura e análise de conteúdo. Sobre o modelo de estudo, a pesquisa pode ser tipificada como uma pesquisa descritiva, qualitativa, sendo a análise de conteúdo seu o procedimento e característica principal, pautada na revisão de literatura sobre os Princípios do Treinamento Esportivo. A pesquisa assume a característica de uma pesquisa indireta, documental, através do método bibliográfico (MATTOS, 2004).
    Como pressuposto teórico na pesquisa os principais autores utilizados foram Manoel Tubino, Estélio Dantas e Marcelo Gomes da Costa, e a própria revisão de literatura foi definida como a delimitação do estudo.
Os princípios do treinamento esportivo: conceitos, definições, possíveis aplicações e novos olhares
    Para Tubino os cinco princípios do Treinamento Esportivo são: O Princípio da Individualidade Biológica, O Princípio da Adaptação, O Princípio da Sobrecarga, O Princípio da Continuidade, O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade (TUBINO, 1984). Segundo Tubino: “Antes de passar ao estudo de cada princípio, é importante enfatizar que os 5 princípios se interrelacionam em todas as suas aplicações.” (ibidem, 1984, p. 99).
    Estélio Dantas atualizando o elenco dos cinco princípios preconizados por Tubino, incluiu mais um: O Princípio da Especificidade (DANTAS, 1995), que veremos após a abordagem dos cinco primeiros. Após estes seis primeiros princípios veremos mais dois princípios levantados por Marcelo Gomes da Costa: O Princípio da Variabilidade e O Princípio da Saúde, totalizando oito princípios. Ao final trataremos da inter-relação entre os Princípios.
1. O Princípio da Individualidade Biológica
    De acordo com Tubino, “chama-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as características e necessidades do indivíduo. Grupos homogêneos também facilitam o treinamento desportivo. Cabe ao treinador verificar as potencialidades, necessidades e fraquezas de seu atleta para o treinamento ter um real desenvolvimento. Há vários meios para isso, além da experiência do treinador, que conta muito, os testes específicos são primordiais.
    Segundo Benda & Greco, uma das Capacidades do Rendimento Esportivo é a Capacidade Biotipológica, que está dividida em Capacidade constitucional Fenótipo e Capacidade constitucional Genótipo:
    “O genótipo é o responsável pelo potencial do atleta. Isso inclui fatores como composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível e percentual de fibras musculares dos diferentes tipos, dentre outros. O fenótipo é responsável pelo potencial ou pela evolução das capacidades envolvidas no genótipo. Neste se inclui tanto o desenvolvimento da capacidade de adaptação ao esforço e das habilidades esportivas como também a extensão da capacidade de aprendizagem do indivíduo.” (BENDA & GRECO, 2001, p. 34).
    Segundo Dantas: “O indivíduo deverá ser sempre considerado como a junção do genótipo e do fenótipo, dando origem ao somatório das especificidades que o caracterizarão.” (DANTAS, 1995, p. 39), “deve-se entender o genótipo como a carga genética transmitida à pessoa e que determinará preponderantemente diversos fatores” (ibidem, 1995, p. 39) e, “os potenciais são determinados geneticamente, e que as capacidades ou habilidades expressas são decorrentes do fenótipo.” (ibidem, 1995, p. 39). Para este autor, o campeão seria aquele que nasceu com um “dom da natureza” e que, aproveitando totalmente esse dom, o desenvolve através de um perfeito treinamento (ibidem, 1995, p. 40).
    Nos Jogos PanAmericanos de 2007 verificamos em entrevistas de atletas brasileiros considerados fenômenos pela mídia, um discurso que os bons resultados obtidos não eram frutos somente de um Dom, e sim de muito esforço, trabalho, treinamento, incentivos financeiros e técnicos.
    Elevando a importância dos fatores ambientais, do fenótipo do atleta, conseqüentemente, elevamos a importância do treinador, do profissional de Educação Física e sua intervenção para o sucesso do atleta, de um campeão.
    Não cabe aqui discutir fatos históricos ligados às tentativas de manipulações das características genéticas, do genótipo de atletas, através, principalmente, dos ideais da Eugenia no decorrer do século XX. Mas sempre irá caber em qualquer lugar o alerta em relação às tentativas de manipulação e violação do corpo, da integridade e dos direitos de todo o homem.
2. O Princípio da Adaptação
    Podemos dizer que a adaptação é um dos princípios da natureza. Não fosse a capacidade de adaptação, que se mostra de diferentes modos e intensidades, várias espécies de vida não teriam sobrevivido ou conseguido sobreviver por longos tempos e em diferentes ambientes. O próprio homem conseguiu prevalecer no planeta, como espécie, devido à sua capacidade de adaptação.
    De acordo com Weineck, a adaptação é a lei mais universal e importante da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em quase todos os sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas (WEINECK, 1991):
    “Na biologia, compreende-se “adaptação” fundamentalmente como uma reorganização orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas e externas; adaptação é a reflexão orgânica, adoção interna de exigências. Ela ocorre regularmente e está dirigida à melhor realização das sobrecargas que induz. Ela representa a condição interna de uma capacidade melhorada de funcionamento e é existente em todos os níveis hierárquicos do corpo. Adaptação e capacidade de adaptação pertencem à evolução e são uma característica importante da vida. Adaptações são reversíveis e precisam constantemente ser revalidadas (Israel 1983, 141).” (ibidem, 1991, p. 22).
    Weineck diz que, no esporte, devido aos múltiplos fatores de influência, raramente o genótipo é completamente transformado em fenótipo, mesmo com o treinamento mais duro. Para este autor, fases de maior adaptabilidade, encontram-se em diferentes períodos para os fatores de desempenho de coordenação e condicionados, são designadas “fases sensitivas”. A zona limite destas fases sensitivas, isto é, o período em que justamente ainda é possível uma melhor expressão das características, geralmente é chamada de “período crítico” (ibidem, 1991).
    ““Capacidade de adaptação” ou “adaptabilidade” é o nome que se dá à diferente assimilação dos estímulos, frente à mesma qualidade e quantidade de exercícios ou carga de treinamento. Ela pode ser atribuída à correlação organismo/ambiente, sob o ponto de vista da predisposição hereditária e sua expressão (genética) (Gürtler 1982, 35).” (ibidem, 1991, p. 23).
    Para Tubino, este princípio do Treinamento Esportivo está intimamente ligado ao fenômeno do stress. As investigações sobre o stress tiveram início em 1920 com Cânon e Hussay, tendo uma grande ênfase no período entre 1950 e 1970, onde praticamente surgiu uma literatura científica básica sobre este fenômeno (TUBINO, 1984). Segundo Tubino:
    “Definindo-se Homeostase, de acordo com CANNON, como o equilíbrio estável do organismo humano em relação ao meio ambiente, e sabendo-se que esta estabilidade modifica-se por qualquer alteração ambiental, isto é, para cada estímulo há uma resposta, e, ainda, entendendo-se por estímulos o calor, os exercícios físicos, as emoções, as infecções, etc., conclui-se, com base num grande número de experiências e observações de diversos autores, que em relação ao organismo humano:
  1. estímulos débeis => não acarretam conseqüências;
  2. estímulos médios => apenas excitam;
  3. estímulos médios para fortes => provocam adaptações;
  4. estímulos muito fortes => causam danos.” (ibidem, 1984, p. 101).
    Segundo Dantas, o conceito de Homeostase, que é necessário para compreender este princípio, é: “Homeostase é o estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o existente entre este e o meio ambiente.” (DANTAS, 1995, p. 40). Para este autor, a homeostase pode ser rompida por fatores internos, geralmente oriundos do córtex cerebral, ou externos, como: calor, frio, situações inusitadas, provocando emoções e, variação da pressão, esforço físico, traumatismo, etc. Dantas diz que, sempre que a homeostase é perturbada, o organismo dispara um mecanismo compensatório que procura restabelecer o equilíbrio, quer dizer, todo estímulo provoca reação no organismo acarretando uma resposta adequada (ibidem, 1995). Neste sentido, o organismo, buscando o equilíbrio constante, estaria sempre em um estado constante de equilibração.
    Tubino pensa que, quando o organismo é estimulado, imediatamente aparecem mecanismos de compensação para responder a um aumento de necessidades fisiológicas. Assim, constata-se que existe uma relação entre a adaptação de estímulos de treinamento e o fenômeno de stress, o que é explicado pelo princípio científico da adaptação. A definição dada ao stress por Tubino é a seguinte:
    “Stress ou Síndrome de Adaptação Geral (SAG), segundo SELYE (1956) é a reação do organismo aos estímulos que provocam adaptações ou danos ao mesmo, sendo que esses estímulos são denominados agentes stressores ou stressantes.” (TUBINO, 1984, p. 102).
    A síndrome de adaptação geral (SAG) é dividida em três fases, até que o agente stressante na sua ação atinja o limite da capacidade fisiológica de compensação do organismo: 1ª Fase: Reação de alarme; 2ª Fase: Fase da resistência (adaptação) e; 3ª Fase: Fase da exaustão (ibidem, 1984).
    Para este autor, na fase de reação de alarme, os mecanismos auxiliares são mobilizados para manter ávida, a fim de que a reação não se dissemine. É caracterizada pelo desconforto, e está dividida em duas partes choque e contrachoque:
    “sendo o choque a resposta inicial do organismo a estímulos aos quais não está adaptado, provocando a diminuição da pressão sanguínea, enquanto o contrachoque ocasiona uma inversão de situação, isto é, ocorre um aumento da pressão sanguínea.” (ibidem, 1984, p. 102).
    A fase da resistência é a fase da adaptação, a qual é obtida pelo desenvolvimento adequado dos canais específicos de defesa, sendo esta etapa caracterizada pela dor e pela ação do organismo resistindo ao agente stressante inicial, sendo a fase que realmente mais interessa ao treinamento desportivo.
    A fase da exaustão é aquela em que as reações se disseminam, em conseqüência da saturação dos canais apropriados de defesa, apresentando como característica a presença do colapso, podendo chegar até a morte (ibidem, 1984).
    Tubino ainda menciona que, “EÜLER observou 3 tipos de stress, de acordo com a origem dos estímulos stressantes” (ibidem, 1984, p. 103), são eles: o stress físico, o stressbioquímico e, o stress mental.
    De acordo com Tubino, é importante a utilização correta do princípio de adaptação, onde se deve haver cuidado na aplicação das cargas de treinamento, agentes stressantes.
    Mas não só de modo pragmático devemos enxergar o Princípio da Adaptação. Acredito que em termos de treinamento, o critério adaptação pode ser estendido a vários outros fatores além do treinamento fisiológico propriamente dito. Um bom exemplo são as capacidades de adaptações emocionais, ambientais, entre outras, além da comum capacidade do treinador ou professor se adaptar, às vezes com um “jeitinho brasileiro”, às péssimas condições de trabalho ou dificuldades encontradas em condições sociais desfavorecidas. O treinador ou professor deve ter em mente que é preciso se adaptar à atitude de adaptação, uma atitude consciente e crítica, pois, com a velocidade da dinâmica das mudanças hodiernas e a possível e quase certa aceleração que deve vir adiante em tempos futuros, a capacidade de adaptação será cada vez mais necessária e requisitada.
3. O Princípio da Sobrecarga
    De acordo com Dantas: “Imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase” (DANTAS, 1995, p. 43).
    “O aproveitamento do fenômeno da assimilação compensatória ou supercompensação, que permite a aplicação progressiva do princípio da sobrecarga, pode, ainda, ser severamente comprometido por uma incorreta disposição do tempo de aplicação das cargas.
    O equilíbrio entre carga aplicada e tempo de recuperação é que garantirá a existência da supercompensação de forma permanente.” (ibidem, 1995, p. 44).
    Segundo Tubino, o momento exato em que se produz à adaptação aos agentes stressantes (estímulos), é, sem dúvida, um dos pontos mais discutíveis do Treinamento Esportivo. Existem pontos de vista que estabelecem a adaptação durante intervalos intermediários dos treinos, enquanto que outras pesquisas defendem a tese da adaptação após o último intervalo da sessão de treino (TUBINO, 1984). Tubino comenta que:
    “Segundo HEGEDUS (1969), os diferentes estímulos produzem diversos desgastes, que são repostos após o término do trabalho, e nisso podemos reconhecer a primeira reação de adaptação, pois o organismo é capaz de restituir sozinho as energias perdidas pelos diversos desgastes, e ainda preparar-se para uma carga de trabalho mais forte, chamando-se este fenômeno de assimilação compensatória. Assim, sabe-se que não só são reconduzidas as energias perdidas como também são criadas maiores reservas de energia de trabalho. A primeira fase, isto é, a que recompões as energias perdidas, chama-se período de restauração, o qual permite a chegada a um mesmo nível de energia anterior ao estímulo. A segunda fase é chamada de período de restauração ampliada, após o qual o organismo possuirá uma maior fonte de energia para novos estímulos” (ibidem, 1984, p. 105 e 106).
    Para Tubino, estímulos mais fortes devem sempre ser aplicados por ocasião do final da assimilação compensatória, justamente na maior amplitude do período de restauração ampliada para que seja elevado o limite de adaptação do atleta. Este é o princípio da sobrecarga, também chamado princípio da progressão gradual, e será sempre fundamental para qualquer processo de evolução desportiva.
    Tubino (1984) cita algumas indicações de aplicação do Princípio da Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade (Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico.
    O quê o professor ou o treinador deve ter é o bom senso ao definir a sobrecarga que vai trabalhar com o seu aluno ou atleta, observando todos os outros Princípios do Treinamento Esportivo, sempre respeitando as necessidades e anseios do atleta e, principalmente, os limites éticos do treinamento.
4. O Princípio da Continuidade
    Este princípio está intimamente ligado ao da adaptação, pois a continuidade ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente, se adaptar.
    Compartilho com Tubino, a idéia de que a condição atlética só pode ser conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em andamento. Para Tubino (1984), estas duas premissas explicam o chamado Princípio da Continuidade.
    “Pode-se acrescentar que este princípio compreenderá sempre no treinamento em curso uma sistematização de trabalho que não permita uma quebra de continuidade, isto é, que o mesmo apresente uma intervenção compacta de todas as variáveis interatuantes. Em outras palavras, considerando um tempo maior, o princípio da continuidade é aquela diretriz que não permite interrupções durante esse período.” (ibidem, 1984, p. 110).
    A continuidade de treinamento evita que o treinador subtraia etapas importantes na formação atlética de um esportista. Em geral um atleta que tem um alto desempenho, com certeza teve uma continuidade ao longo de sua preparação, treinamento e também do aprendizado do esporte praticado. A continuidade é importante inclusive no treinamento amador e no lazer, e não somente no aspecto fisiológico, mas também, como por exemplo, no aspecto psicológico e entre outros aspectos cujos fatores podem interferir na prática esportiva.
5. O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade
    Este princípio está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance. Este aumento ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade.
    Para Tubino (1984), pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto rendimento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas as fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si. Ainda segundo Tubino: “Na maioria das vezes, o aumento dos estímulos de uma dessas duas variáveis é acompanhado da diminuição da abordagem em treinamento da outra” (ibidem, 1984, 110).
    Nem sempre as variáveis volume e intensidade estão claramente explícitas ao treinador para que este possa definir um treinamento ou ação baseado na relação entre estas. Portanto, utilizando o bom senso, na dúvida nunca se deve arriscar ou colocar o atleta ou praticante em risco. Um bom treinador consegue enxergar com maior clareza a relação de interdependência entre volume e intensidade de um treinamento ou ação de atividade.
6. O Princípio da Especificidade
    De acordo com Dantas (1995), a partir do conceito de treinamento total, quando todo o trabalho de preparação passou a ser feito de forma sistêmica, integrada e voltada para objetivos claramente enunciados, a orientação do treinamento por meio de métodos de trabalho veio, paulatinamente, perdendo a razão de ser. Hoje em dia, nos grandes centros desportivos, esta forma de orientação do treinamento foi totalmente abandonada em proveito da designação da forma de trabalho pela qualidade física que se pretende atingir. Associando-se este conceito à preocupação em adequar o treinamento do segmento corporal ao do sistema energético e ao gesto esportivo, utilizados na performance, ter-se-á o surgimento de um sexto princípio esportivo: o princípio da especificidade, que vem se somar aos já existentes. Podemos dizer que este princípio sempre esteve intrínseco em todo o treinamento esportivo, desde o mais rústico nas práticas utilitárias, mas tê-lo como princípio norteador e como um dos parâmetros que devem ser levados em consideração é essencial ao estudo e planejamento crítico e consciente nos treinamentos contemporâneos.
    “O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performancedesportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizados” (ibidem, 1995, p. 50).
    Segundo Dantas, ao se estudar o princípio da especificidade, de imediato sobressai um fator determinante, que é o princípio da individualidade biológica, estabelecendo limites individuais a esta capacidade de transferência. O princípio da especificidade irá se refletir em duas amplas categorias de fundamentos fisiológicos: os aspectos metabólicos e os aspectos neuromusculares. Para Dantas, “O princípio da especificidade preconiza, ... que se deve, além de treinar o sistema energético e o cárdio-respiratório dentro dos parâmetros da prova que se irá realizar, fazê-lo com o mesmo tipo de atividade de performance.”(ibidem, 1995, p. 50):
    “Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o treino, principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente específico, e que a realização de atividades diferentes das executadas durante a performance com a finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar a inibição reativa (ou saturação de aprendizagem).” (ibidem, 1995, p. 50).
    De acordo com Dantas (1995), o segundo componente dos aspectos neuromusculares é controlado, principalmente pelo sistema nervoso central ao nível de cérebro, bulbo e medula espinhal e pressupõe que todos os gestos esportivos, realizados durante a performance, já estejam perfeitamente “aprendidos” de forma a permitir que, durante a performance, não se tenha que criar coordenações neuromusculares novas, mas tão somente “lembrar-se” de um movimento já assimilado e executá-lo. A psicologia da aprendizagem ensina que o conhecimento, ou movimento, uma vez aprendido fica armazenado no neocórtex sob forma de engrama, que consiste num determinado padrão de ligação entre os neurônios. O engrama, que é sempre utilizado, fica cada vez mais “nítido” e “forte” ao passo que aquele que não é utilizado se enfraquece e pode até se extinguir. Se um gesto esportivo for repetido com constância, seu engrama ficará tão forte a ponto de permitir a execução do gesto de forma reflexa, através de uma rápida comparação, pelo bulbo, entre as reações neuromusculares e o engrama. Este aspecto está ligado a mielinização das fibras nervosas e à velocidade de condução dos impulsos, e à caracterização dos tipos de movimentos.
    Finalizando, Dantas (1995) nos diz que, o aprimoramento da habilidade técnica e a execução de todos os movimentos possíveis durante o treinamento, visando a aquisição e reforço dos engramas requeridos pelo esporte considerado, tomarão tanto mais tempo quanto mais complexo ele for em termos neuromotores.
    Então, se a especificidade do movimento, e conseqüentemente da modalidade esportiva, está atrelada à memória do gesto motor, de seu treinamento, podemos dizer que o Princípio da Especificidade está ligado diretamente aos gestos específicos de uma determinada modalidade e o treinamento utilizado para o aprendizado e o desenvolvimentos destes respectivos gestos específicos.
7. O Princípio da Variabilidade
    Também denominado de Princípio da Generalidade, encontra-se fundamentado na idéia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo. Para isso deve-se utilizar das mais variadas formas de treinamento (GOMES da COSTA, 1996). Segundo Marcelo Gomes da Costa:
    “Quanto maior for a diversificação desses estímulos – é obvio que estes devem estar em conformidade com todos os conceitos de segurança e eficiência que regem a atividade – maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor performance.” (ibidem, 1996, p. 357).
    A atenção a este princípio diminui a possibilidade do aparecimento de um Plateu no treinamento, ou mesmo o aparecimento de fatores desestimulantes, agindo de forma contrária, atuando na motivação e o mais importante, na possibilidade de possibilitar o surgimento de novas técnicas de treinamento, de estratégia, táticas, entre outras, inclusive de novos gestos específicos, que sob um determinado ponto de visão, sob um treinamento não variável, não seria possível ser identificado ou ter aparecido. Um dos alicerces deste princípio é a criatividade, tanto do atleta, quanto do treinador.
8. O Princípio da Saúde
    Segundo Gomes da Costa (1996), esse princípio encontra-se diretamente ligado ao próprio objetivo maior de uma atividade física utilitária que vise à saúde do indivíduo:
    “Assim, não só a Ginástica Localizada em si e suas atividades complementares possuem grande importância. Também os setores de apoio da Academia, como o Departamento Médico, a Avaliação Funcional e o Departamento Nutricional assumem relevante função no sentido de orientar todo o trabalho, visando a aquisição e a manutenção dessa Saúde.” (ibidem, 1996, p. 358).
    Baseado na citação acima posso colocar que este princípio está fundamentado na interdisciplinaridade. No entanto, nem sempre o Princípio da Saúde tem sido o principal norteador, ou mesmo um dos princípios norteadores. Em práticas de atividades físicas hodiernas, verificamos não somente aquelas ligadas à aquisição e manutenção da saúde do praticante, mas também aquelas de alta performance, que podem trazer malefícios devido ao compromisso com o alto rendimento e resultados, e ainda, as atividades que não têm compromisso algum com o aspecto saúde. Atualmente pessoas colocam a vida em risco em esportes extremamente radicais, quando tentam ultrapassar os limites físicos. Portanto, cabe perguntar: os treinamentos destas atividades estariam sob o Princípio da Saúde? De certo modo, em relação ao preparo para a execução da atividade sim, pois, é necessário um certo nível de condicionamento e saúde para tais práticas, e também, pelo fato dos praticantes estarem fazendo algo que gostam, que é importante para a vida delas e lhes dá prazer.
    A correlação entre este princípio e outras perspectivas do esporte é um ponto interessante para ampliar os estudos.
9. A inter-relação dos Princípios
    De acordo com Gomes da Costa (1996), se faz lógico e transparente que essas leis não existem apenas por existir. Cada princípio, considerado individualmente, possui seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre esses princípios adquire inestimável importância. “Aqui acontece aquela “historinha” de que o todo é sempre maior do que a soma de suas partes.” (ibidem, 1996, p. 358). Assim cada Princípio assume uma importância maior, um papel mais destacado quando associado aos outros princípios, segundo este autor, que ainda comenta:
    “Apesar dessa importante correlação, os Princípios da Adaptação, da Sobrecarga, da Continuidade e da Interdependência Volume-Intensidade é que vão não só dar corpo como orientar toda a aplicação prática do treinamento, ou seja, são os verdadeiros responsáveis pela “arrumação” de todo o processo de treinamento, traduzida na forma dos micro, meso e macro-ciclos de trabalho.” (ibidem, 1996, p. 358).
    Podemos certamente concluir que somente com o conhecimento de todos os princípios é possível realizar um treinamento ideal e eficaz. Provavelmente a excelência em treinamento deve estar acompanhada do profundo saber de todos os princípios aqui comentados, além de mais outros tantos tópicos do treinamento esportivo. Mas o saber profundo destes princípios e dos mais outros tantos conhecimentos não é o único fator determinante para a excelência em treinamento. A excelência só será atingida se houver a inter-relação perfeita entre todos estes saberes e respectivas aplicações, e uma constante reformulação desta inter-relação, pois, este conceito de reformulação está embutido nos próprios princípios.
Resultados e conclusão

    Verificamos que existem oitos Princípios de Treinamento Esportivo, quando utilizado o pressuposto teórico inicial de Manoel Tubino para o Treinamento Esportivo. Estélio Dantas adicionou mais um princípio e Marcelo Gomes da Costa mais outros dois, aos cinco primeiros princípios propostos por Tubino. Foi constatada a inter-relação entre todos os princípios e a importância destes para o Treinamento Esportivo. Talvez com uma maior compreensão destes princípios, incluindo aspectos ainda pouco explorados, como o emocional, ambiental, social, cultural, entre outros, possam contribuir para um olhar plural, além do pragmatismo de um programa focado somente no aspecto fisiológico do treinamento. Observamos que os professores ou treinadores devem se apoiar no bom senso para efetivar qualquer treinamento e ampliar a discussão sobre os conceitos e utilizações dos princípios que norteiam os treinamentos em diferentes modalidades.

sábado, 23 de maio de 2020

DEU, Facebook de MATEUS ALVES ! Escola de combate.

ESCOLA DE COMBATE.⁣

Este exercício é um dos meios mais utilizados no Boxe Olímpico para realizar o treinamento nas equipes.⁣

Utilizado para consolidar e aperfeiçoar os elementos tanto da Técnica quanto da Tática do Boxe.⁣

Utilizamos 3 formas de Escola de Combate⁣

1. Escola de Combate DIRIGIDA ⁣

Onde o treinador DEFINE a tarefa a ser executada e também os MOVIMENTOS,  os atletas devem realizar rigorosamente essa tarefa sem criar ações ou movimentos diferentes dos definidos pelo treinador.⁣

Exemplo⁣
Atleta 1 ataca com Jab + Direto⁣
e o Atleta 2 realiza a defesa com Bloqueio+Esquiva.⁣

2. Escola de Combate LIVRE CONDICIONADA ⁣

Onde o treinador define a tarefa e coloca uma CONDIÇÃO  na execução dos atletas.⁣

Exemplo⁣
Atleta 1 ataca de forma livre com a CONDIÇÃO de ser apenas com a mão da frente. ( jab, gancho e cruzado)⁣
Atleta 2 vai utilizar apenas o Direto.⁣

3. Escola de Combate LIVRE ⁣

Os atletas combatem de forma livre.⁣


Os aspectos mais importantes na definição da escolha na forma utilizada da Escola de Combate pelo treinador são;⁣
Que as tarefas devem estar de acordo o objetivo proposto e principalmente que o nível dos atletas estejam de acordo a dificuldade das combinações e atividades propostas.⁣

Para atletas iniciantes e praticantes a  Escola de Combate DIRIGIDA é uma forma excelente de consolidar e aperfeiçoar os elementos básicos para deslocamentos, ataque e defesa.⁣

Nas Escolas L/Condicionada e Escolas de Combate LIVRE é muito importante que os atletas ou praticantes já dominem os elementos técnicos e táticos.⁣

Vídeo 1 Treinamento em 2018 na Equipe Olímpica Permanente do Brasil⁣

Vídeo 2 Base de Treinamento na Colômbia em 2020, com Brasil e mais 4 países.⁣


#boxinglifestyle ⁣
#falandodeboxe @ São Paulo, Brazil

O Boxe do Brasil continua unido e trabalhando muito!fonte site cbboxe

Apesar das adversidades e respeitando as orientações das autoridades de saúde, a CBBoxe continua  
trabalhando forte para proporcionar todo o apoio que é possível manter neste momento para os atletas da Equipe Olímpica Permanente de Boxe.

A Diretoria e a Comissão Técnica Multidisciplinar da Confederação Brasileira de Boxe se reuniram virtualmente para mais uma atualização dos trabalhos de preparação dos nossos atletas mesmo em meio à pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.

Algumas medidas como a compra de máscaras, medidores de pressão, oxímetros, álcool em gel e luvas para treinamento foram definidas. Foram apresentadas pela comissão técnica informações sobre o treinamento dos atletas á distância e as metas das estratégias esportivas que estão em andamento ou já foram alcançadas. Foram colhidos também dados da saúde e atuais necessidades de toda a equipe.

Na oportunidade, a médica Dra. Cassiana Pisanelli recebeu as boas-vindas de toda a equipe. Ela fará parte da Equipe Multidisciplinar oficialmente a partir do dia 1º de junho.

Participaram os membros da diretoria executiva da entidade, composta pelo presidente Mauro José da Silva, vice-presidente Marcos Brito, e pelo gerente Carlos Sorbile, além de todos os técnicos e membros da equipe multidisciplinar.

Seguimos trabalhando para quando tudo isso passar, o Boxe do Brasil esteja pronto para continuar trazendo orgulho para a nossa nação.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

DEU, no fecebook de MATEUS ALVES! Éverton Lopes único campeão open

Nosso único Brasileiro Campeão Mundial adulto Masculino se chama....⁣

EVERTON DOS SANTOS LOPES ⁣

Atleta nascido em Salvador/BA no dia 08 de agosto de 1988.⁣

Seguramente Everton Lopes é um dos maiores nomes do Boxe Olímpico Brasileiro, no ano de 2011 na cidade de Baku/Azerbaijão sagrou-se CAMPEÃO MUNDIAL na categoria até 60kg em um dos maiores eventos já realizados pela AIBA, este torneio contou com incríveis 685 atletas de 130 países.⁣

O caminho para a medalha de ouro neste mundial foi de incríveis 6 LUTAS  (um total de 64 atletas na categoria 60kg).⁣

Na luta  final o Brasileiro venceu o atleta da Ucrânia Denis Berinchyk.⁣

Este feito da medalha de Ouro no Mundial de 2011 deve sempre ser relembrada e festejada, e nós somos responsáveis de manter vivas estas incriveis memorias do Boxe Brasileiro.Tive o prazer de estar junto em Baku nesta conquista ainda como Assistente Técnico da equipe, e aprendi muito com essa fera durante o tempo que trabalhamos na Seleção Brasileira.

Confira também outros grandes resultados de Everton na carreira.⁣

Campeão Jogos Sul Americanos 2014 ⁣
2 x medalhista de Prata dos Jogos Pan-americanos 2007/2011⁣
Prata no Campeonato Mundial 2013⁣
Participou dos Jogos Olímpicos 2008 e 2012⁣
Lutou diversas vezes na liga World Série Boxing (WSB) pela Equipe Los Angeles Matadors ⁣
Assinou contrato com a Promotora Golden Boy Promotion em 2014, onde realizou 6 lutas de boxe profissional nos USA antes de pendurar as luvas.⁣


#boxinglifestyle ⁣
#falandodeboxe⁣

 @ Baku


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Deu,Fecebook de Mateus Alves! Boxe e suas histórias


Da primeira edição em 1904 até Londres 2012 passaram-se 108 anos, e esse foi o tempo que apenas os homens tinham o direito de lutar Boxe nos Jogos Olímpicos.

Com o crescimento do número  de mulheres nos Campeonatos Mundiais da modalidade, a AIBA (Associação Internacional de Boxe) e o Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) realizaram a introdução do Boxe Feminino nos Jogos Olímpicos em três categorias de peso.

O boxe era o único esporte olímpico que não contava com a classe feminina.

Até Pequim 2008 o Boxe Masculino contava com 11 categorias de peso e a modalidade tinha no total o número de 286 vagas, para Londres se manteve o número de vagas, porém o Boxe Masculino passou a ter, a partir de então, 10 categorias de peso Olímpicas e as Mulheres 3 categorias Olímpicas para Londres 2012.

E nessa estreia das Mulheres no Boxe dos JO eu tive o prazer de estar pela primeira vez em um JO como Treinador, e nesta edição a nossa grande atleta Brasileira ADRIANA ARAÚJO  conquistou a medalha de Bronze na categoria 60kg

#boxinglifestyle
#falandodeboxe
 @ Jogos Olímpicos

deu, NO FECEBOOK DE MATEUS ALVES ! Importância da manopla.

Manoplas com Colete ! ⁣

O treinamento com Manoplas é um dos mais tradicionais e popularmente utilizados por Treinadores, Professores e Personal Trainers de Boxe.⁣

Temos como "principal" objetivo neste treinamento as correções e aperfeiçoamento dos elementos Técnicos-Táticos. Porém também é possível realizar este treinamento com vários outros "enfoques" como:⁣

1. Incrementar o ritmo e a rapidez de sequência e combinações de golpes a seu atleta.⁣

2.Buscar a melhora da reação.⁣

3. Aumentando o tempo do round e aumentando o volume de golpes podemos estimular a resistência especial.⁣

E muitos outros enfoques que como treinadores podemos criar, sempre embasados que a tarefa realizada deva estar de acordo o obejtivo proposto.⁣

O uso do colete como vemos nos dois vídeos, serve como uma maneira de diversificar este treinamento, e no que diz respeito ao ângulo dos golpes no corpo é uma ótima maneira para treinar o "encaixe" no local exato do corpo no adversário.⁣

O mais importante no treinamento com manoplas é o treinador exigir a mobilidade do atleta (deslocamentos)  e principalmente escolher exercícios, sequências e combinações que estejam a altura do nível técnico-tático  de quem está "batendo"  na manopla.⁣

Vídeo 1 nosso grande Campeão Olímpico @robson60kg em final de preparação na Equipe Olímpica Permanente para sua segunda luta na AIBA PRO BOXING no ano de 2014⁣

Vídeo 2 nosso casca grossa pesado @juanogueira em treinamento no CT da Equipe Olímpica Permanente em 2017⁣

#boxinglifestyle ⁣
#falandodeboxe⁣
#unirteoriaepratica⁣
 @ VILA MASCOTE

sábado, 16 de maio de 2020

Boxe em tempo de pamdemia

Primeiro passo fica em casa,segundo passo boa alimentaçao e fazeer suas atividades diarias.
Lembre sozinho ou com seu instrutor os dois de mascara e camisa de lycla bastante agua.
Muito atletas vai sentir  ansia de vomito,falta de costune depois fica tudo  certo.
LEMBRE BEM EM FICA EM CASA TUDO VAI PASSAR

quinta-feira, 14 de maio de 2020

História do boxe no Brasil.

História do boxe no Brasil

No início do século XX, o boxe era praticamente desconhecido no Brasil. Os poucos praticantes existentes na época, eram emigrantes alemães e italianos, localizados nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.
A primeira luta realizada no Brasil foi em 1913, na cidade de São Paulo, entre um pequeno ex-boxeador profissional que fazia parte de uma companhia de ópera francesa e o atleta Luis Sucupira, conhecido como o Apolo Brasileiro, em razão de seu físico avantajado. Embora surrado, Apolo reconheceu que a técnica pode superar a força e tornou-se um grande entusiasta do boxe e seu primeiro grande divulgador.
Apesar de Apolo ter começado a divulgar o boxe, em 1919 através do marinheiro Góes Neto, que havia aprendido técnicas de boxe na Europa, que o esporte foi divulgado de verdade e reconhecido. Após retornar de viagem ao Brasil, Góes Neto resolveu fazer algumas exibições no Rio de Janeiro, onde estava o sobrinho do Presidente da República, Rodrigues Alves, que se apaixonou pelo boxe. Com o apoio de Rodrigues Alves, a difusão do boxe ficou mais fácil. Neste período, foram criadas academias e não demorou muito para o boxe ser um esporte regulamentado, com a criação das "comissões municipais de boxe" em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Isso tudo entre os anos de 1920 e 1921.

Ditão – O primeiro pugilista brasileiro

Em 1922 o Brasil teve seu primeiro pugilista a ganhar destaque. Benedito dos Santos, conhecido como Ditão, começou a treinar boxe numa academia de São Paulo. Era um negro de porte gigantesco com enorme talento para o boxe e detentor de um direto potente.
No início de 1923 estreando como profissional, derrotou sem nenhuma dificuldade seus três primeiros adversários, todos no primeiro round.
O destaque do pugilista logo despertou o assédio dos empresários. Foi então organizada uma luta entre Ditão e o campeão europeu Hermínio Spalla, pugilista italiano que tinha um cartel com mais de 60 lutas. Ditão começou o combate derrubando Spalla no primeiro round, porém, o campeão europeu massacrou o lutador brasileiro no decorrer da luta e Ditão além de ter sido derrotado acabou sofrendo um derrame, do qual encerrou a sua carreira para o resto de sua vida.
Com este episódio, o boxe brasileiro foi duramente criticado e passou a ser proibido até meados de 1925.

O clube Espéria

Com a revogação da proibição do boxe no Brasil, o primeiro clube a receber lutas de boxe foi o Espéria, na cidade de São Paulo. Começava a primeira época áurea do boxe no país, tendo inclusive a criação de uma espécie de ranking, algo até então inexistente, e uma nova cultura de treinos. Eis que surgem os primeiros grandes treinadores de boxe brasileiro, Batista Bertagnolli e Celestino Caversazio. No Espéria, organizaram uma escola de formação, que traria grandes consagrações para o esporte nos anos seguintes.

A profissionalização do boxe brasileiro

Com a revolta constitucionalista de São Paulo, conhecida como “A Revolução de 32”, tudo havia ficado paralisado. O acontecimento marcante desse período foi a criação das federações de boxe regionais, das quais, se deu condições aos boxeadores profissionais brasileiros disputarem oficialmente títulos internacionais e aos amadores poderem participar de torneios e campeonatos estrangeiros.
Em 1933, o Brasil, pela primeira vez, participou de um campeonato internacional, o Sul-Americano de Boxe Amador, realizado na Argentina. A seleção brasileira era composta apenas de cariocas, pois, somente no Rio de Janeiro, o boxe era legalizado através de federação. Na década de 1930, surgiram alguns lutadores de destaque, entre eles, Ítalo Hugo, chamado de “Menino de Ouro”.

Década de 1940 – o ginásio do Pacaembu

Criado em 1940, o ginásio do Pacaembu foi palco de grandes lutas. Pela primeira vez, podiam-se ver lutas de brasileiros com nível verdadeiramente internacional. Os mais destacados deles foram: Atílio Lofredo e Antônio Zumbano ("Zumbanão"), como era conhecido.
Zumbanão foi o primeiro grande astro do boxe brasileiro, imperando absoluto por um longo período, de 1936 a 1950, no qual realizou cerca de 140 lutas, dos quais metade delas venceu por nocaute. Era um peso médio de grande poder de punch e capacidade de esquiva, arrastava multidões ao ginásio do Pacaembu por ser um ídolo.

Década de 1950 – O grande momento do boxe brasileiro

A década de 1950 foi marcada pelo importante crescimento popular do boxe e por revelar grandes boxeadores. Entre eles, nomes como o de Kaled Curi, Luisão, Ralf Zumbano e o grande Éder Jofre, o maior boxeador da história do boxe brasileiro.
Nesta época Éder Jofre participou dos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália, em 1956, o que fez ele despontar no boxe profissional. Apesar de não trazer nenhuma medalha das olimpíadas, Jofre foi responsável por vários títulos importantes. Destaque para o brasileiro dos pesos-galo, em 1958. Porém, o auge de títulos conquistados por Éder Jofre seria na década de 1960 que é para onde vamos viajar no próximo capítulo.

Décadas de 1960 e 1970 – A lenda Éder Jofre

Depois de conseguir ficar entre os dez primeiros colocados do ranking da antiga NBA, atual Associação Mundial de Boxe (WBA), em 1960, Éder Jofreteve a oportunidade de disputar o título mundial contra o mexicano Eloy Sanchez. Sagrou-se campeão mundial e mais adiante, em 1962, Jofre enfrentou o campeão da Europa de Boxe. A luta valia a liderança do ranking da categoria galo. Éder Jofre derrotou o adversário irlandês, no Ibirapuera, em São Paulo, tornando-se o número 1 da categoria.
Jofre manteve seu cinturão até 1965, quando foi derrotado duas vezes pelo maior boxeador japonês de todos os tempos, Masahiko “Fighting” Harada, o que fez com que ele se afastasse dos ringues aos 30 anos de idade.
Cinco anos mais tarde, já na década de 1970, Jofre retornou aos ringues, porém, na categoria pena, voltou a ser campeão mundial pelo Conselho Mundial de Boxe em 1973. Despediu-se definitivamente dos ringues em 1976 com um fantástico cartel de 78 lutas e apenas 2 derrotas.
Nas décadas de 1960 e 1970, outros lutadores se destacaram. Entre eles o médio-ligeiro Miguel de Oliveira, campeão mundial pelo Conselho Mundial de Boxe em 1975 e o peso Mosca Servílio de Oliveira, um dos poucos boxeadores brasileiros a conquistar uma medalha olímpica, nos Jogos da Cidade do México em 1968.

Década de 1980 – Surge Maguila

No início da década de 1980, pela primeira vez no Brasil, uma rede de Televisão (TV Bandeirantes), por iniciativa de seu diretor de esportes, na época, Luciano do Valle, do qual também atuava como promotor de eventos esportivos, resolveu investir pesado no boxe, transformando-o em um espetáculo de massa.
Com 1,86 metros e cerca de 100 kg, Maguila foi um dos poucos pesos pesados brasileiros. Tendo enorme carisma aliado à grande valentia, mobilidade e uma direita demolidora que lhe propiciou nada menos do que 78 nocautes em sua carreira de 87 lutas, a maioria contra lutadores europeus, sul-americanos e norte-americanos.
Maguila estreou como profissional em 1983, tendo Ralph Zumbano como técnico e Kaled Curi como empresário. Em 1986, já no auge da fama, assinou contrato com a Luque, empresa do jornalista Luciano do Vale, passando a treinar com Miguel de Oliveira, do qual, alterou profundamente seu estilo de luta e corrigiu seus defeitos de defesa. Como consequência, em 1989, chegou a ser o segundo colocado no ranking do CMB e em rota de colisão com Mike Tyson, na época, o undisputed champion do mundo.  Enfrentou dois dos maiores pesados do século XX, Evander Holyfield e George Foreman. Perdeu as duas lutas e isso lhe tirou não só a chance de disputar o título como praticamente encerrou sua carreira. Em 1995, chegou a campeão mundial pela WBF (Federação Mundial de Boxe), uma associação que ainda não havia conseguido grande respeitabilidade. Com falta de patrocínio, Maguila foi destituído do título por inatividade.

Década de 1990 em diante – Acelino Freitas, o Popó

No final da década de 1990, vindo de uma família pobre da periferia da capital baiana, Acelino Freitas, conhecido como Popó, iniciou sua carreira profissional em 1995, porém, só despontou no cenário internacional em 1999, conquistando o título dos Super-Pena pela WBO.
Em 2002, unificou o título de Super-Pena pela WBA. Em 2004, Popó subiu de categoria, conquistando o título dos Pesos-Leves pela WBO. Em 30 de abril de 2006, após perder o cinturão para o norte-americano Diego Corrales, reconquistou o mesmo título pela WBO dos Pesos-Leves. Em abril de 2007, Popó perdeu sua segunda luta para o norte-americano Juan Diaz.
Encerrou sua carreira vitoriosa, em 28 de abril de 2008. No boxe profissional, conseguiu uma sequência histórica de 29 vitórias seguidas por nocaute. Ao todo, foram 40 lutas com 38 vitórias e apenas duas derrotas.
No boxe amador, Popó teve um cartel de 81 lutas perdendo apenas três vezes.

torneios dos campeões 2024! e neste sábado 27/04/24.fonte boxe-bahia

*TORNEIO DOS CAMPEÕES.* Programação do dia *27.04.24* Local: *C.T. Waldemar Santana* - Largo de Roma. Horário: *14:30* *ELITE FEMININO.*    ...