boxe amador carioca viverá dois dias de fortes emoções neste fim de semana. É que o Morro do Cantagalo receberá o Desafio Rio x São Paulo, nos dias 7 e 8, com lutas a partir das 17h. Além dos embates entre os dois estados, o torneio contará com a presença de Servílio de Oliveira, primeiro medalhista olímpico do país na modalidade, no México, em 1968. No ano que vem a conquista completa 50 anos e o ex-pugilista retorna ao Rio de Janeiro após 15 anos sem visitar a Cidade Maravilhosa.
Servílio, inclusive, acredita que o país poderia ter conquistado muito mais medalhas olímpicas do que as conseguidas por Esquiva e Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo, em Londres 2012, quebrando um hiato que vinha desde a sua ida ao pódio, e o ouro de Robson Conceição, no ano passado, na Rio 2016.
- A partir de 2004, o investimento no boxe poderia ter sido muito maior depois da aprovação da Lei Piva em 2001. Os investimentos na modalidade foram aquém das expectativas tendo em vista o vasto incentivo governamental que foi dado aos esportes no país. Nos últimos cinco anos poderíamos ter conquistado mais medalhas olímpicas. Foram apenas quatro medalhas. Vamos aguardar os Jogos Olímpicos de Tóquio para aumentar o número de pugilistas que colocam a medalha no peito e faça a bandeira brasileira ser hasteada - diz Servílio, bronze no México.
Dentre os pugilistas mais conhecidos estarão no ringue pelo Rio de Janeiro os atletas Patrick Lourenço, que esteve na seleção nacional olímpica no ano passado, o ex-seleção Roberto Custódio, e por São Paulo o vice-campeão continental Jonatas (64Kg) e Luis Gabriel de Oliveira, campeão paulista na categoria 52Kg, neto de Servílio de Oliveira.
Ainda neste mês, o boxe carioca terá a inauguração do seu espaço próprio na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra. O local levará o nome do mestre Cláudio Coelho e terá uma aula beneficente para crianças do Morro do Cantagalo, em Ipanema.
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