DEU, NO FACEBOOK DE DR ALEX

Muita gente não entende como crianças "submetidas a violência física" de um esporte de contato de alta habilidade como o nosso esporte podem aprender a sair da violência, pelo uso dela no meio esportivo. Mas não existe dualidade aqui, porque a violência não é o objetivo. O objetivo é superar a si mesmo. Encarar a forma mais crua de medo desse mundo em igualdade de condições de força física através das categorias de peso, é como ser obrigado a lutar contra si mesmo e isso demanda alcançar uma parte muito mais profunda da alma, uma parte que geralmente todo mundo mantém aprisionada, a mesma parte que nos impede de lidar com o medo e que a maioria escolhe viver a vida com olhos bem fechados a esse respeito. Não existe, de fato, dualidade alguma aqui. Um lutador, aquele que não tem medo de lidar com o medo, porque suplantou o medo através do combate aprendido, enxerga tudo de forma diferente. Se a maioria das pessoas não leva desaforo muitas vezes por medo do revide, não é o caso do lutador. Lutar não só libera energia acumulada de tensões mal resolvidas que prejudicam a saúde do ser humano. Lutar ensina a lidar com o medo. E quem lida bem com o medo, não entra em fria. Quem lida bem com o medo, mantém o respeito por si e pelo outro, sabe a hora de não deixar pra lá e sabe ser estrategista a respeito. Nós não precisamos da malandragem da vida. Nós temos a verdade e a coragem. Isso não se ensina em escola, muitas vezes nem em casa. Isso se ensina num ringue de boxe. Saudações pugilísticas.
Texto de Antonio CB Sammartino.

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