domingo, 28 de julho de 2013

Petrobras reduz apoio a atletas olímpicos e promove 'afunilamento'


Número de bolsistas cai de 105 para 64. Magic Paula diz que foram mantidos os atletas que têm expectativa de bom desempenho no Rio 2016

Por Leonardo FilipoRio de Janeiro
10 comentários
Magic Paula empresária (Foto: Divulgação/Flickr Magic Paula)Paula: avaliação em quem tem chance de medalha
em 2016 (Foto: Divulgação/Flickr Magic Paula)
A Petrobras reduziu o apoio a atletas olímpicos das cinco modalidades de seu programa de esportes de alto rendimento visando os Jogos do Rio, em 2016. O número de bolsas para o remo, boxe, esgrima, taekwondo e levantamento de peso caiu de 105, em 2012, para 64 este ano. Nesta última modalidade, metade dos 20 pesistas perdeu a ajuda financeira da empresa estatal. Remadores das categorias júnior e sub-23 foram cortados. O boxe sofreu menos, com quatro baixas entre 24 lutadores. A esgrima também perdeu quatro: de 16 para 12.
O patrocínio da Petrobras auxilia na alimentação, transporte, estudos, assistência médica e odontológica e seguro de vida dos atletas. Também custeia viagens para treinamentos e competições, além de equipamentos. A empresa diz que a cada ano o investimento é avaliado considerando as necessidades técnicas das modalidades e o seu planejamento orçamentário. No primeiro ano de patrocínio, em 2011, o valor repassado ao Instituto Passe de Mágica (IPM), responsável pela aplicação dos recursos, foi R$ 15 milhões. Para 2012 foram R$ 14 milhões. O contrato de 2012 foi encerrado em maio deste ano. Para 2013, por uma questão de adequação do calendário, o contrato vai até dezembro e o valor projetado para os meses restantes é de R$ 8 milhões.
Karina Lakerbai - esgrima (Foto: Reprodução/Facebook)Sem o apoio, Karina Lakerbai não pode se dedicar
apenas à esgrima  (Foto: Reprodução/Facebook)
Diretora do Instituto Passe de Mágica (IPM),  a ex-jogadora de basquete Paula ressalta uma economia de R$ 3,8 milhões feita no ano passado, alcançado com passagens e estadias mais baratas. Valor que será somado aos R$ 8 milhões do repasse deste ano. A redução do número de bolsas é tratada como afunilamento.
- A empresa tem o direito de analisar o quanto ela quer investir ou não. Depois de três anos de execução, vamos avaliando quem tem chance de medalha. E isso muda. Há um afunilamento normal. Fizemos uma análise em conjunto com o patrocinador e as confederações para definir quem realmente tem expectativa de uma boa performance em 2016 - disse Paula.

Muitos dos atletas que perderam o apoio da Petrobras já recebiam a Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Mas o valor geralmente não é o suficiente para se dedicar apenas ao esporte. É o caso da esgrimista Karina Lakerbai. Ela treinava na Ucrânia quando soube que havia perdido o apoio. Ano passado, quando era líder do ranking brasileiro do sabre, sofreu uma lesão e caiu para a segunda posição. Ela continuaria com a bolsa, mas de acordo com os novos critérios, apenas a primeira colocada do ranking feminino da esgrima segue com o apoio. De volta ao Brasil, Karina precisou arrumar um emprego. Desde então treina somente depois do trabalho de gestora de projetos de uma ONG em São Paulo. Para manter vivo o sonho de disputar as Olimpíadas no Rio, Karina pretende juntar dinheiro até 2015, largar o emprego e por um ano se dedicar exclusivamente à classificação para os Jogos. Ainda assim, a perspectiva não é muito animadora:
-  Não sei se vai valer a pena. É triste porque a gente vê atletas sul-americanos treinando fora de seus países. Eu não consigo me preparar fisicamente como antes - disse Karina.
Bia Tavares, remo (Foto: André Durão)Promessa do remo, Beatriz Tavares conseguiu
manter a bolsa da Petrobras (Foto: André Durão)
No remo, o valor repassado sofreu redução em torno de 20% a 30%. Dos atletas mais jovens, apenas Beatriz Tavares, promessa do esporte, teve o apoio mantido. De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Remo, Edson Altino, a seleção não sofrerá perdas em treinamentos e competições:
- Este ano menos barcos devem competir fora do Brasil. O orçamento da Petrobras ainda nos cobre. Mas para o próximo ano pretendemos expandir os recursos porque temos uma meta forte para alcançar: colocar seis barcos nas Olimpíadas, quando normalmente o Brasil coloca dois a três.

Um comentário:

  1. assistindo tv brasil o ex-jogador de futebol RAÍ,a ex-jogadora de voley ANA MOUSE estavam reclamando que !o ministério dos esportes não recebe eles , sabe qual motivo uma e uma entregar de projeto para educação e esporte ! sabe quando isso vai munda quando cargos publico fó extramente técnico nas áreas

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