Ex-boxeador
é libertado de corredor da morte depois de 50 anos...
O mundo inteiro ficou chocado com seu caso. O ex-boxeador japonês Iwao Hakamada, 77 anos, foi libertado ontem depois de permanecer quase cinco décadas preso e à espera de execução já que estava no corredor da morte. O atleta havia sido condenado sob a acusação de ter assassinado quatro pessoas, incluindo o chefe da fábrica em que trabalhava, e alegava inocência desde o momento em que foi encarcerado. Ele, porém, chegou a admitir a culpabilidade depois de ser torturado pela polícia. Hakamada estava no centro de detenção de Tóquio, capital do Japão.
Hakamada (16-11-2, 1 KO) já não competia quando foi sentenciado nos anos 1960. Durante todo o tempo de prisão, foram impetrados diversos recursos para comprovar sua inocência e agora seus defensores conseguiram revelar provas baseadas em testes de DNA de que o antigo lutador não participou dos crimes a ele imputados. O Tribunal de Justiça da província de Shizuoka decidiu reabrir e revisar seu processo, colocando-o em liberdade, mas ninguém acredita em nova condenação e sim em sua declaração de inocência.
Apelos por liberdade
De religião católica e ainda que dentro da cela, em 1984 Hakamada foi “rebatizado” na prisão pelo nome de Pablo, em alusão ao período papal de João Paulo II. Por estar 48 anos preso, o ex-pugilista integrava até as listas do Guinness Book – o livro dos recordes – por ser a pessoa a ficar mais tempo detida e à espera no corredor da morte.
Foram muitos os pedidos para libertação de Hakamada, incluindo o emocionante episódio de 1991 protagonizado pelo lendário campeão mundial Masahiko “Fighting” Harada – o único homem capaz de superar no ringue o brasileiro Eder Jofre. Na época em que presidia a Associação Japonesa de Boxe Profissional, Harada empunhou o microfone durante evento no Korakuen Hall de Tóquio solicitando a revisão do processo de Hakamada.
Condenação por voto vencido
Outra situação inusitada e surpreendente ocorreu em 2007 quando, durante conferência de imprensa na sede do Clube dos Correspondentes Estrangeiros no Japão, o juiz Norimichi Kumamoto insistiu na inocência de Iwao Hakamada e pedia sua libertação. O mais curioso é que foi esse mesmo magistrado quem havia proclamado décadas antes a sentença de morte do boxeador. Na época da condenação, Kumamoto foi voto vencido em decisão em que outros dois juízes culparam Hakamada.
Tão logo Iwao Hakamada possa comparecer a cerimônias públicas – por viver em cárcere isolado, ele sofre de transtornos mentais – o Conselho Mundial de Boxe (CMB) pretende outorgar-lhe o cinto de campeão mundial emérito, em episódio semelhante ao americano Rubin “Hurricane” Carter que ficou preso por décadas acusado de crime que supostamente não cometeu.
Fonte: Liga de Boxe. Com
O mundo inteiro ficou chocado com seu caso. O ex-boxeador japonês Iwao Hakamada, 77 anos, foi libertado ontem depois de permanecer quase cinco décadas preso e à espera de execução já que estava no corredor da morte. O atleta havia sido condenado sob a acusação de ter assassinado quatro pessoas, incluindo o chefe da fábrica em que trabalhava, e alegava inocência desde o momento em que foi encarcerado. Ele, porém, chegou a admitir a culpabilidade depois de ser torturado pela polícia. Hakamada estava no centro de detenção de Tóquio, capital do Japão.
Hakamada (16-11-2, 1 KO) já não competia quando foi sentenciado nos anos 1960. Durante todo o tempo de prisão, foram impetrados diversos recursos para comprovar sua inocência e agora seus defensores conseguiram revelar provas baseadas em testes de DNA de que o antigo lutador não participou dos crimes a ele imputados. O Tribunal de Justiça da província de Shizuoka decidiu reabrir e revisar seu processo, colocando-o em liberdade, mas ninguém acredita em nova condenação e sim em sua declaração de inocência.
Apelos por liberdade
De religião católica e ainda que dentro da cela, em 1984 Hakamada foi “rebatizado” na prisão pelo nome de Pablo, em alusão ao período papal de João Paulo II. Por estar 48 anos preso, o ex-pugilista integrava até as listas do Guinness Book – o livro dos recordes – por ser a pessoa a ficar mais tempo detida e à espera no corredor da morte.
Foram muitos os pedidos para libertação de Hakamada, incluindo o emocionante episódio de 1991 protagonizado pelo lendário campeão mundial Masahiko “Fighting” Harada – o único homem capaz de superar no ringue o brasileiro Eder Jofre. Na época em que presidia a Associação Japonesa de Boxe Profissional, Harada empunhou o microfone durante evento no Korakuen Hall de Tóquio solicitando a revisão do processo de Hakamada.
Condenação por voto vencido
Outra situação inusitada e surpreendente ocorreu em 2007 quando, durante conferência de imprensa na sede do Clube dos Correspondentes Estrangeiros no Japão, o juiz Norimichi Kumamoto insistiu na inocência de Iwao Hakamada e pedia sua libertação. O mais curioso é que foi esse mesmo magistrado quem havia proclamado décadas antes a sentença de morte do boxeador. Na época da condenação, Kumamoto foi voto vencido em decisão em que outros dois juízes culparam Hakamada.
Tão logo Iwao Hakamada possa comparecer a cerimônias públicas – por viver em cárcere isolado, ele sofre de transtornos mentais – o Conselho Mundial de Boxe (CMB) pretende outorgar-lhe o cinto de campeão mundial emérito, em episódio semelhante ao americano Rubin “Hurricane” Carter que ficou preso por décadas acusado de crime que supostamente não cometeu.
Fonte: Liga de Boxe. Com
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