SERA? PRA BOXE NACIONAL E RUIM, VIDA QUE SEGUE
Neste
momento se encerrou um ciclo da minha carreira, o último intervalo da final do
Campeonato Brasileiro de Boxe da categoria 75kg, a mais competitiva do país.
Foram 6 anos participando com atletas formados desde o primeiro passo dentro da
minha equipe. Me sinto realizado por conseguir colocar atletas formados 100%
meus entre as finais de todas as classes do boxe nacional. Keni Martins
(campeão cadete 2008), Charles Quintana (bicampeão cadete 2009-2010), Paulo
César Silva (Vice campeão Juvenil 2011), Glaura Gaiaralde (Vice Campeã Feminino
2012) e finalizando a saga Paulo Cesar Silva (Vice Campeão Elite 2014). Somos
do sul do país onde simplesmente não há estrutura no boxe para se desenvolver
um trabalho do nível de igualdade com outros estados, não temos material humano
para sparring, não temos adversários para lutar quando o atleta entra em alto
nível e não temos recursos para colocar nossos atletas a lutar fora do estado.
Ou seja, o que fazemos é praticamente missão impossível. Hoje no país existem
grandes potências como a seleção brasileira, seleção militar e clubes de
futebol que investem em equipes bem estruturadas. E competir em pé de igualdade
com quem tem condições desiguais as nossas, é praticamente desumano. Já não
tenho motivação para lutar nessas condições, farei de tudo como dirigente para
parear as condições dos que virão daqui para diante. E minha briga agora é em
um campo novo, estarei me dedicando como técnico profissional a partir de 2015.
Ficam boas lembranças, grandes amigos, pessoas que levarei no coração e a
certeza que meus atletas não se tornaram somente lutadores, eles são pessoas
melhores e tem valor muito maior do que quando iniciaram. Parabéns e obrigado
por acreditarem no que eu passei a vocês, fiz o que eu consegui de melhor para
levar vocês no máximo que conseguiram chegar
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