Fecaboxe e grande tem sentar e conversar! Cabeça fria

CPI NO BOXE BRASILEIRO

Um soco de verdade em toda a mentira
MANIFESTO CPI NO BOXE BRASILEIRO POR WAGNER BARÃO
por wagner barao

Venho a partir deste manifesto, expor toda minha indignação com os atuais gestores do boxe nacional. Atualmente ocupo o cargo de diretor técnico da Federação Catarinense de Boxe, e durante 2 anos e 3 meses de mandato, fizemos uma total reformulação no boxe do estado de Santa Catarina. Realizamos mais de 20 eventos de lutas, nos tornando uma das federações mais ativas no país, participamos de todos os Campeonatos Nacionais com um número de atletas inédito para o estado, e também de Campeonatos Regionais como o Torneio Sul Sudeste e do Torneio Centro-Oeste como convidados, além disto tivemos participação em um torneio na Europa (Taça do Algarve) fato inédito para as federações do Brasil. Todas nossas participações culminaram em medalhas da equipe catarinense que esteve presente com pelo menos um atleta em todas as finais dos certames. Comparado com o período de antes de assumirmos a entidade, a FECABOXE que tinha menos de 10 medalhistas em toda sua história de participações nos torneios interestaduais, teve um salto de qualidade considerável. Se considerarmos atletas oriundos de Santa Catarina este número cai mais ainda, pois muitas das medalhas anteriormente conquistadas, foram de atletas de outros estados que representaram SC. O fato é que o trabalho de organização e crescimento do boxe no estado de Santa Catarina é algo inegável, e todas as pessoas envolvidas na modalidade tem ciencia deste acontecimento. Para os não conhecem ainda muito, acessem o site www.fecaboxe.com.br e vejam como é tratato o boxe em Santa Catarina.

Pois bem, desde que a atual gestão da FECABOXE, manifestou desacordo com atitudes da Confederação Brasileira de Boxe e descontentamento da maneira como é conduzida a entidade nacional, vem sofrendo represálias e assédio moral por parte do seu presidente e diretor jurídico. Fato que culminou com advertência documentada dois dias antes da realização da final do Campeonato Catarinense de Boxe 2013, no qual tivemos a presença do tetra campeão mundial Acelino Popó Freitas. Neste evento realizamos três lutas de boxe profissional, dentre elas a luta principal de Vitor Jones (sobrinho de Popó). A Confederação Brasileira de Boxe em desacordo com seu próprio estatuto em vigencia neste período que declamava claramente ser vinculada ao Conselho Mundial de Boxe (WBC) e em caráter de vinculação com demais entidades de boxe profissional. E desacordo com o Estatuto em vigor da AIBA que dá o prazo até 31 de Dezembro de 2016 para as Entidades Nacionais que contenham em seu programa, lutas de boxe profissional se adequarem ao novo formato da entidade, fato que é amplamente utilizado nas realizações de Federações como da Argentina, Espanha, Portugal, Irlanda, Australia. A Confederação enviou carta advertindo da ilegalidade em realizar eventos com lutas de boxe profissional que não fizessem parte da APB (modalidade de boxe profissional da AIBA que nem se encontra em vigor ainda). A FECABOXE por entender que dentro de seu estatuto e também o da CBBoxe estaria em pleno gozo de suas atividades legais, seguiu sua programação de lutas do dia 13 de Dezembro e não cancelou as lutas, como advertiu a CBBoxe.

O que gerou a ira e o revanchismo dos dirigentes da entidade nacional, que estão acostumados a “inventar” regras e forçarem todos a segui-las. Três dias após a realização da final do Campeonato Catarinense de Boxe 2013, foi convocada assembléia (sabe-se lá como? Porque a FECABOXE não foi convocada, e sei de várias que também não o foram) alterando o estatuto da CBBoxe e colocando items de vinculação exclusivas aos programas da AIBA. Fato este que não foi noticiado em seu site, e nem enviado a grande maioria das Federações Filiadas a entidade nacional.

No dia 08 de Março a FECABOXE realizou seu primeiro evento de 2014, um torneio de categorias de base no qual nosso último campeão nacional cadete Kevin Silva estaria fazendo sua segunda luta no boxe profissional. O evento foi de total sucesso, como pode ser comprovado no site da FECABOXE. Após a realização do mesmo, a CBBoxe enviou carta abrindo processo administrativo propondo pena de DESFILIAÇÃO para a Federação Catarinense de Boxe, com base em seu novo (e secreto) estatuto.

Após enviar nossa defesa por escrito, que destituiu vários artigos e incisos alegados como ilegais pela CBBoxe em sua denúncia. No dia 08 de Abril de 2014, a Confederação Brasileira de Boxe enviou decisão de seu processo administrativo com a decisão de cobrança de multa no valor de R$ 14.480,00 pelo fato da FECABOXE ter realizado lutas de boxe profissional em seus eventos. Documento assinado por Mauro José da Silva (presidente), Vanildo Oliveira (vice-presidente), Marcos Brito (diretor financeiro e coordenador juridico), Antonio Bosco (Gerente Administrativo) e Julião Neto (representante dos atletas).

A Conferação Brasileira de Boxe, pede um valor exorbitante para manter a filiação de uma das entidades que hoje melhor trabalha na organização e crescimento do boxe no Brasil. Ela recebeu entre 2010 e 2013, só do Comitê Olímpico investimento de R$ 10 milhões na modalidade, recursos da Lei Piva, segundo Jorge Bichara, gerente geral de Performance Esportiva do COB.

Em nenhum momento este dinheiro, nem um centavo que seja foi destinado em benefício ou a favor de qualquer entidade estadual, muito pelo contrário a estas são cobradas o valor de 1 salário mínimo vigente para se manter regular com a filiação. As Federações atuais pagam pra trabalhar para a Confederação Brasileira de Boxe e cedem de graça, sem nenhum benefício em troca, seus melhores atletas para a seleção brasileira.

Enfim o que tenho a dizer é que não entregarei meu cargo até o final do meu mandato, e no que depender da minha vontade, a Federação Catarinense de Boxe irá recorrer em todas as instancias da justiça desportiva e se necessário da justiça comum também. Além disto declaro abertamente que irei denunciar em BLOG, todas as irregularidades que tenho documentado em relação a atual gestão do boxe brasileiro. Como muitos me conhecem, gravei muitos campeonatos brasileiros e tenho além de videos um vasto material a expor, para os verdadeiros heróis que fazem o boxe no Brasil existir, que são os técnicos, atletas e (alguns) arbitros e dirigentes de boa índole que a muitas custas levam adiante seu trabalho por amor ao esporte.

O boxe amador no Brasil é uma MENTIRA, temos dirigentes que nunca sequer tomaram um soco na cara em toda sua vida. E uma corja que compactua com suas maldades, por medo ou por omissão. Denunciarei a todos sem pena, pois na minha visão quem consente com coisas erradas é errado também.