segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

DEU NO FACEBOOK DE LUIZ CARLOS DOREA ! L

Meus amigos, sem dúvida hoje é  um dia que sempre me leva a uma data inesquecível para a minha história de vida, de atleta e de um apaixonado pela nobre arte, o boxe: 26 de fevereiro de 1988.
Tinha 21 anos de idade, era um meio-médio-ligeiro com um cartel capaz de ter vencer a luta confirmada pelo Conselho Mundial de Boxe, dentro ou fora da Bahia, o Título Mundial Jr. da WBC. Mas, após a confirmação da luta no memorável  “Balbininho”, o Ginásio que virou o nosso templo do boxe, com todo respeito às outras modalidades esportivas, minha alegria foi atingida por uma lesão no treinamento, capaz de eliminar não apenas aquela minha luta pelo título, mas acabar com a minha carreira no boxe, minha grande paixão esportiva,  além da minha trajetória como profissional.
Professor Gilberto, meu eterno técnico e entusiasta, sofria com a possibilidade não ver nosso sonho realizado. Como a grande maioria dos atletas do boxe, vivíamos a superação eterna de todos os dias, o treinamento diário. O pior, neste meu caso, não seria o treinamento, seria a quase milagrosa recuperação da contusão grave do meu bíceps. Lembro que a minha inspiração na época e meu ídolo no boxe, Dilton Uchoa, era uma das razões para buscar duas soluções “milagrosas”: curar a minha grave lesão e deixar meu braço apto para disputar o título tão sonhado.
E a minha fé em Deus me fez encontrar um jovem ortopedista chamado Dr. Otto Alencar, hoje Senador da República, que praticamente reconstituiu a minha capacidade física para a disputa mais importante da minha carreira como boxeador profissional.
Parece que tudo aconteceu exatamente hoje: entrei no ringue absolutamente confiante e preparado para lutar os 12 rounds mais difíceis da minha vida, diante do maior público que o “Balbininho” viu até o dia que foi demolido. Tony Jones, meu adversário, queria levar o título para a sua terra, a Austrália, mas apesar do combate exaustivo, o título conquistado ficou para a minha querida Bahia, para o nosso Brasil. Quem esteve no Ginásio soube que a capacidade era para 7.000 pessoas e que os portões tiveram que ser abertos porque outros 3.000 torcedores queriam ver a minha vitória. E viram.
Emocionado ainda hoje, 30 anos depois daquele título, aposentado como profissional do boxe, abracei o boxe como o projeto social  da minha vida, ajudando a transformar a vida de milhares de jovens e adultos. Sou alguém abençoado porque pude contribuir com o meu trabalho para conquistas olímpicas e profissionais no boxe como poucos  no meu país, sem deixar de ressaltar a importância deste modesto trabalho técnico no MMA, nas conquistas de grandes campeões da Bahia e do Brasil.
É extremamente gratificante verificar quantos destes jovens mudaram suas vidas através do boxe e quantos deles continuam produzindo verdadeiros “campeões da vida”, todos os dias.
Hoje, 30 anos depois de conquistar meu título mundial junior, emocionado com as mensagens que venho recebendo de tantos amigos e irmãos da grande família que é o boxe, preciso agradecer a Deus, a minha Família e a cada um de vocês que me dão motivos de sobra para continuar este honroso trabalho.
Muito o obrigado! Somos, todos, a Vitória do Esporte. #boxe #bahia #brasil 🥊❤️🙏🏽

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