Soube o que aconteceu com Avine do Bahia? Você sabe o que são os meniscos e para que servem?
Os ortopedistas Dr. Robson Rocha e Dr. Marcos Almeida explicam como funcionam os meniscos na anatomia dos joelhos e como ocorre o tratamento nos casos de lesão.
CONTEÚDO HOMOLOGADO
"...amortecedor dos joelhos, seja lá como queiramos chamá-los, o fato é que realmente os meniscos são peças muito importantes da anatomia dos tão problemáticos joelhos".
Mas, o que é mesmo o menisco, doutor? Esta é uma pergunta ainda muito frequente no consultório do ortopedista, mesmo em uma época de acesso fácil à informação. Realmente, para a maioria de nós, só vamos nos dar conta dos tais meniscos quando sentimos algum problema relacionado a eles e, no mais, nem lembramos que eles existem. Fibrocartilagem semilunar, amortecedor dos joelhos, seja lá como queiramos chamá-los, o fato é que realmente os meniscos são peças muito importantes da anatomia dos tão problemáticos joelhos.
Desde o início da formação do ser humano ainda como embrião, lá estão eles, já ocupando o seu lugar. Compostos por uma trama de fibras entrelaçadas que lhe dão consistência emborrachada, os meniscos (dois em cada joelho) encontram-se localizados entre o fêmur e a tíbia e, juntamente com a cartilagem articular, formam um complexo sistema que tem como uma das principais funções absorver os impactos provenientes das nossas atividades, impedindo-os de serem transmitidos a outras articulações, coluna etc. Eles têm, como uma de suas principais funções, conferir congruência à articulação, pois as superfícies do fêmur e tíbia são convexas. Sua presença aumenta o contato entre as superfícies desses ossos, distribuindo melhor a carga em toda articulação e conferindo também mais estabilidade. Por fim, os meniscos participam da nutrição da articulação ao distribuir de forma homogênea o líquido articular por todo joelho.
Enfim, eles são um termômetro da saúde dos joelhos. Em geral, quando apresentam problemas, algo não vai bem.
As lesões nos meniscos podem ocorrer principalmente em três situações:
1- A lesão congênita, geralmente fruto de uma má formação do menisco, que pode apresentar sintomas desde a infância ou simplesmente nunca incomodar.
2- A lesão traumática, que em geral ocorre num joelho jovem e é fruto de um trauma no esporte ou na vida diária. Os jogadores de futebol, em especial, são muito propensos às lesões, tanto pela prática repetitiva de movimentos que sobrecarregam os meniscos quanto pelos acidentes que podem ocorrer.
3- A lesão degenerativa, que é fruto do envelhecimento do menisco podendo ocorrer de uma forma natural ou acentuada em função de traumas repetidos, hábitos de vida ou profissionais, obesidade, deformidades nas pernas etc.
O importante é entender que essas situações podem ocorrer isoladas ou todas ao mesmo tempo.
Em geral, os sintomas mais importantes da doença dos meniscos são; a dor, os travamentos ou bloqueios da articulação, o derrame ou inchaço articular e os falseios no joelho. Porém, nenhum deles é específico e podem ocorrer por outros tantos problemas da articulação.
Tais sintomas podem surgir de forma lenta ou abrupta após uma torção, esforço ou prática esportiva. É importante dar atenção a esses sinais e sempre procurar atendimento médico. Persistir, por exemplo, na prática de esportes com alguma lesão meniscal pode levar ao seu agravamento.
Desde o início da formação do ser humano ainda como embrião, lá estão eles, já ocupando o seu lugar. Compostos por uma trama de fibras entrelaçadas que lhe dão consistência emborrachada, os meniscos (dois em cada joelho) encontram-se localizados entre o fêmur e a tíbia e, juntamente com a cartilagem articular, formam um complexo sistema que tem como uma das principais funções absorver os impactos provenientes das nossas atividades, impedindo-os de serem transmitidos a outras articulações, coluna etc. Eles têm, como uma de suas principais funções, conferir congruência à articulação, pois as superfícies do fêmur e tíbia são convexas. Sua presença aumenta o contato entre as superfícies desses ossos, distribuindo melhor a carga em toda articulação e conferindo também mais estabilidade. Por fim, os meniscos participam da nutrição da articulação ao distribuir de forma homogênea o líquido articular por todo joelho.
Enfim, eles são um termômetro da saúde dos joelhos. Em geral, quando apresentam problemas, algo não vai bem.
As lesões nos meniscos podem ocorrer principalmente em três situações:
1- A lesão congênita, geralmente fruto de uma má formação do menisco, que pode apresentar sintomas desde a infância ou simplesmente nunca incomodar.
2- A lesão traumática, que em geral ocorre num joelho jovem e é fruto de um trauma no esporte ou na vida diária. Os jogadores de futebol, em especial, são muito propensos às lesões, tanto pela prática repetitiva de movimentos que sobrecarregam os meniscos quanto pelos acidentes que podem ocorrer.
3- A lesão degenerativa, que é fruto do envelhecimento do menisco podendo ocorrer de uma forma natural ou acentuada em função de traumas repetidos, hábitos de vida ou profissionais, obesidade, deformidades nas pernas etc.
O importante é entender que essas situações podem ocorrer isoladas ou todas ao mesmo tempo.
Em geral, os sintomas mais importantes da doença dos meniscos são; a dor, os travamentos ou bloqueios da articulação, o derrame ou inchaço articular e os falseios no joelho. Porém, nenhum deles é específico e podem ocorrer por outros tantos problemas da articulação.
Tais sintomas podem surgir de forma lenta ou abrupta após uma torção, esforço ou prática esportiva. É importante dar atenção a esses sinais e sempre procurar atendimento médico. Persistir, por exemplo, na prática de esportes com alguma lesão meniscal pode levar ao seu agravamento.
"...os sintomas mais importantes da doença dos meniscos são; a dor, os travamentos ou bloqueios da articulação, o derrame ou inchaço articular e os falseios no joelho".
O exame médico associado à história clínica é capaz de evidenciar 90% dos problemas meniscais, porém, exames complementares como o raio x e, em especial, a ressonância magnética são importantes e mesmo fundamentais para confirmar o diagnóstico e contextualizar a lesão em meio a outros problemas que podem estar ocorrendo como, lesões de cartilagem e ligamentares, artrose etc.
O tratamento dos problemas meniscais não é simples e depende da análise de todos os dados acima, sendo o primeiro aspecto a ser observado o tipo de lesão, que o médico classificará, indicando o tratamento cirúrgico apenas em caso de ruptura do menisco. Felizmente as lesões não cirúrgicas são a maioria. Outros aspectos considerados são: a idade, a ocupação, se existe artrose associada à lesão ou se existe outra lesão associada.
Podemos, de uma forma simples e didática, dizer que há duas situações:
No caso do paciente jovem, em geral praticante de esportes, com o joelho saudável e com uma lesão isolada do menisco, o tratamento é geralmente cirúrgico.
No paciente idoso, em geral portador de artrose, com excesso de peso, o tratamento nem sempre é cirúrgico e, quando indicado, deve ser realizado sob cuidados especiais.
A cirurgia, em todos os casos, deve ser realizada através da artroscopia, uma técnica avançada e minimamente invasiva que permite ao cirurgião, através de uma microcâmera, adentrar o joelho do paciente, localizar todas as lesões e tratá-las utilizando uma série de apetrechos tecnológicos. O objetivo é sempre o de tratar a lesão, muito embora, fragmentos meniscais soltos ou muito estragados, deverão ser retirados, pois não têm possibilidade de restauração.
A cirurgia em geral é rápida e pouco traumatizante, porém, é preciso deixar bem claro que o pós-operatório será extremamente variável, pois dependerá de tudo que vimos até agora e também das características pessoais do paciente, uma vez que cada um tem seu tempo próprio de cura e nunca podemos fazer aquelas infelizes comparações, “fulano fez essa cirurgia e ficou bom em tantos dias”. Também são possíveis algumas complicações, como em tudo na medicina.
O tratamento conservador também é muito importante e será sempre utilizado, tanto no paciente não operado quanto no tratamento pós-cirúrgico. Este tratamento baseia-se nos seguintes pilares: repouso, proteção, aplicações de gelo, uso de medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios e/ou antiartrósicos, a depender do caso) e exercícios para fortalecimento, melhora da coordenação, equilíbrio e alongamentos. A quantidade de menisco remanescente, bem como a presença de lesões associadas, determinará o tempo de recuperação. A fisioterapia é a responsável por conduzir grande parte desse tratamento.
A prevenção pode e deve ser a principal ferramenta, como diz o ditado “é melhor prevenir ...”. Em geral recomendamos: cuidado com atividades que traumatizam os meniscos seja ela qual for, o controle do peso e a manutenção do corpo em forma com a prática equilibrada de exercícios físicos.
A prevenção pode e deve ser a principal ferramenta, como diz o ditado “é melhor prevenir ...”. Em geral recomendamos: cuidado com atividades que traumatizam os meniscos seja ela qual for, o controle do peso e a manutenção do corpo em forma com a prática equilibrada de exercícios físicos.
Por fim, o paciente que apresenta alguma doença no menisco precisa, em primeiro lugar, procurar o médico, se possível um especialista em cirurgia do joelho, ter paciência e esperança. Em geral, consegue-se bons resultados com um tratamento bem conduzido, mas, no entanto, o tempo necessário para a recuperação será muito variável, sendo, o entendimento e envolvimento do paciente no tratamento fundamentais para o sucesso.
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