Petrobras reduz apoio a atletas olímpicos e promove 'afunilamento'
Número de bolsistas cai de 105 para 64. Magic Paula diz que foram mantidos os atletas que têm expectativa de bom desempenho no Rio 2016
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A Petrobras reduziu o apoio a atletas olímpicos das cinco modalidades de seu programa de esportes de alto rendimento visando os Jogos do Rio, em 2016. O número de bolsas para o remo, boxe, esgrima, taekwondo e levantamento de peso caiu de 105, em 2012, para 64 este ano. Nesta última modalidade, metade dos 20 pesistas perdeu a ajuda financeira da empresa estatal. Remadores das categorias júnior e sub-23 foram cortados. O boxe sofreu menos, com quatro baixas entre 24 lutadores. A esgrima também perdeu quatro: de 16 para 12.
O patrocínio da Petrobras auxilia na alimentação, transporte, estudos, assistência médica e odontológica e seguro de vida dos atletas. Também custeia viagens para treinamentos e competições, além de equipamentos. A empresa diz que a cada ano o investimento é avaliado considerando as necessidades técnicas das modalidades e o seu planejamento orçamentário. No primeiro ano de patrocínio, em 2011, o valor repassado ao Instituto Passe de Mágica (IPM), responsável pela aplicação dos recursos, foi R$ 15 milhões. Para 2012 foram R$ 14 milhões. O contrato de 2012 foi encerrado em maio deste ano. Para 2013, por uma questão de adequação do calendário, o contrato vai até dezembro e o valor projetado para os meses restantes é de R$ 8 milhões.
Diretora do Instituto Passe de Mágica (IPM), a ex-jogadora de basquete Paula ressalta uma economia de R$ 3,8 milhões feita no ano passado, alcançado com passagens e estadias mais baratas. Valor que será somado aos R$ 8 milhões do repasse deste ano. A redução do número de bolsas é tratada como afunilamento.
- A empresa tem o direito de analisar o quanto ela quer investir ou não. Depois de três anos de execução, vamos avaliando quem tem chance de medalha. E isso muda. Há um afunilamento normal. Fizemos uma análise em conjunto com o patrocinador e as confederações para definir quem realmente tem expectativa de uma boa performance em 2016 - disse Paula.
Muitos dos atletas que perderam o apoio da Petrobras já recebiam a Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Mas o valor geralmente não é o suficiente para se dedicar apenas ao esporte. É o caso da esgrimista Karina Lakerbai. Ela treinava na Ucrânia quando soube que havia perdido o apoio. Ano passado, quando era líder do ranking brasileiro do sabre, sofreu uma lesão e caiu para a segunda posição. Ela continuaria com a bolsa, mas de acordo com os novos critérios, apenas a primeira colocada do ranking feminino da esgrima segue com o apoio. De volta ao Brasil, Karina precisou arrumar um emprego. Desde então treina somente depois do trabalho de gestora de projetos de uma ONG em São Paulo. Para manter vivo o sonho de disputar as Olimpíadas no Rio, Karina pretende juntar dinheiro até 2015, largar o emprego e por um ano se dedicar exclusivamente à classificação para os Jogos. Ainda assim, a perspectiva não é muito animadora:
Muitos dos atletas que perderam o apoio da Petrobras já recebiam a Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Mas o valor geralmente não é o suficiente para se dedicar apenas ao esporte. É o caso da esgrimista Karina Lakerbai. Ela treinava na Ucrânia quando soube que havia perdido o apoio. Ano passado, quando era líder do ranking brasileiro do sabre, sofreu uma lesão e caiu para a segunda posição. Ela continuaria com a bolsa, mas de acordo com os novos critérios, apenas a primeira colocada do ranking feminino da esgrima segue com o apoio. De volta ao Brasil, Karina precisou arrumar um emprego. Desde então treina somente depois do trabalho de gestora de projetos de uma ONG em São Paulo. Para manter vivo o sonho de disputar as Olimpíadas no Rio, Karina pretende juntar dinheiro até 2015, largar o emprego e por um ano se dedicar exclusivamente à classificação para os Jogos. Ainda assim, a perspectiva não é muito animadora:
- Não sei se vai valer a pena. É triste porque a gente vê atletas sul-americanos treinando fora de seus países. Eu não consigo me preparar fisicamente como antes - disse Karina.
No remo, o valor repassado sofreu redução em torno de 20% a 30%. Dos atletas mais jovens, apenas Beatriz Tavares, promessa do esporte, teve o apoio mantido. De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Remo, Edson Altino, a seleção não sofrerá perdas em treinamentos e competições:
- Este ano menos barcos devem competir fora do Brasil. O orçamento da Petrobras ainda nos cobre. Mas para o próximo ano pretendemos expandir os recursos porque temos uma meta forte para alcançar: colocar seis barcos nas Olimpíadas, quando normalmente o Brasil coloca dois a três.
assistindo tv brasil o ex-jogador de futebol RAÍ,a ex-jogadora de voley ANA MOUSE estavam reclamando que !o ministério dos esportes não recebe eles , sabe qual motivo uma e uma entregar de projeto para educação e esporte ! sabe quando isso vai munda quando cargos publico fó extramente técnico nas áreas
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